“E não podendo aproximar-se dele, por causa da multidão, destelharam a casa onde Jesus estava e, feita uma abertura, baixaram o leito em que jazia o paralitico.” — (MARCOS, capítulo 2, versículo 4.)
Muitas pessoas confessam sua necessidade do Cristo, mas freqüentemente alegam obstáculos que lhes impedem a sublime aproximação.
Uns não conseguem tempo para a meditação, outros experimentam certas inquietudes que lhes parecem intermináveis.
Todavia, para que nos sintamos na vizinhança do Mestre, como legítimos interessados em seus benefícios imortais, faz-se imprescindível estender a capacidade, dilatar os recursos próprios e marchar ao encontro dEle, sob a luz da fé viva.
Relata-nos o Evangelho de Marcos a curiosa decisão do paralítico que, localizando a casa em que se achava o Senhor, plenamente sitiada pela multidão, longe de perder a oportunidade, amparou-se no auxílio dos amigos, deixando-se resvalar por um buraco, levado a efeito no telhado, de maneira a beneficiar-se no contacto do Salvador, aproveitando fervorosamente o ensejo divino.
Recorda o paralítico de Cafarnaum e, na hipótese de encontrares grandes dificuldades para gozar a presença do Cristo, pelos teus impedimentos de ordem material, dirige-te para o Alto, com o amparo de teus amigos espirituais, e deixa-te cair aos seus pés divinos, recebendo forças novas que te restabeleçam a paz e o bom ânimo.
Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças
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