“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

quinta-feira, 16 de julho de 2020

Nos corações

Nos corações “Recebei-nos em vossos corações.” - Paulo. (II Coríntios, 7:2.)

Os crentes e trabalhadores do Evangelho usam diversos meios para lhe fixarem as vantagens, mas raros lhe abrem as portas da vida.
As palavras de Paulo, de Pedro, de Mateus ou de João são comumente utilizadas em longos e porfiados duelos verbais, através de contendas inúteis, incapazes de produzir qualquer ação nobre. Recebem outros as advertências e luzes evangélicas, à maneira de negociantes ambiciosos, buscando convertê-las em fontes econômicas de grande vulto. Ainda outros procuram os avisos divinos, fazendo valer princípios egolátricos, em polêmicas laboriosas e infecundas.
No imenso conflito das interpretações dever-se-ia, porém, acatar o pedido de Paulo de Tarso em sua segunda epístola aos Coríntios.
O apóstolo da gentilidade roga para que ele e seus companheiros de ministério sejam recebidos nos corações.
Muito diversa surgirá a comunidade cristã, se os discípulos atenderem à solicitação.
Quando o aprendiz da Boa Nova receber a visita de Jesus e dos emissários divinos, no plano interno, então a discórdia e o sectarismo terão desaparecido do continente sublime da fé.
Em razão disso, meu amigo, ainda que a maioria dos irmãos
de ideal conserve cerrada a porta íntima, faze o possível por não adiar a tranquilidade própria.
Registra a lição do Evangelho no édito do ser. Não te descuides, relegando-a ao mundo externo, ao sabor da maledicência, da perturbação e do desentendimento. Abriga-a dentro de ti, preservando a própria felicidade. Orna-te com o brilho que decorre de sua grandeza e o Céu comunicar-se-á com a Terra, através de teu coração.

Livro: Vinha de Luz - Cap. 147
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

terça-feira, 14 de julho de 2020

Estudando a doutrina espírita

Estimados irmãos, sem arrogância, presunção, opinião preconcebida, achismos, modismos, repetitismos... etc. Vamos estudar com atenção nossa doutrina? 


27. Há então dois elementos gerais do Universo: a matéria e o Espírito?
“Sim e acima de tudo Deus, o criador, o pai de todas as coisas. Deus, espírito e matéria constituem o princípio de tudo o que existe, a trindade universal. Mas ao elemento material se tem que juntar o fluido universal, que desempenha o papel de intermediário entre o Espírito e a matéria propriamente dita, por demais grosseira para que o Espírito possa exercer ação sobre elaEmbora, de certo ponto de vista, seja lícito classificá-lo com o elemento material, ele se distingue deste por propriedades especiais. Se o fluido universal fosse positivamente matéria, razão não haveria para que também o Espírito não o fosse. Está colocado entre o Espírito e a matéria; é fluido, como a matéria, e suscetível, pelas suas inumeráveis combinações com esta e sob a ação do Espírito, de produzir a infinita variedade das coisas de que apenas conheceis uma parte mínima. Esse fluido universal, ou primitivo, ou elementar, sendo o agente de que o Espírito se utiliza, é o princípio sem o qual a matéria estaria em perpétuo estado de divisão e nunca adquiriria as qualidades que a gravidade lhe dá.”
Fonte: O Livro dos Espíritos – FEB, 77ª edição.

Francisco Rebouças


Sobre o Perispírito
186. Haverá mundos onde o Espírito, deixando de revestir corpos materiais, só tenha por envoltório o perispírito?
“Há e mesmo esse envoltório se torna tão etéreo que para vós é como se não existisse. Esse o estado dos Espíritos puros.”
a) - Parece resultar daí que, entre o estado correspondente às últimas encarnações e o de Espírito puro, não há linha divisória perfeitamente demarcada; não?
“Semelhante demarcação não existe. A diferença entre um e outro estado se vai apagando pouco a pouco e acaba por ser imperceptível, tal qual se dá com a noite às primeiras claridades do alvorecer.”
Livro dos Espíritos, questão 186.
55. Hão dito que o Espírito é uma chama, uma centelha. Isto se deve entender com relação ao Espírito propriamente dito, como princípio intelectual e moral, a que se não poderia atribuir forma determinada. Mas, qualquer que seja o grau em que se encontre, o Espírito está sempre revestido de um envoltório, ou perispírito, cuja natureza se eteriza, à medida que ele se depura e eleva na hierarquia espiritualDe sorte que, para nós, a ideia de forma é inseparável da de Espírito e não concebemos uma sem a outraO perispírito faz, portanto, parte integrante do Espírito, como o corpo o faz do homem. Porém, o perispírito, só por só, não é o Espírito, do mesmo modo que só o corpo não constitui o homem, porquanto o perispírito não pensa.
Ele é para o Espírito o que o corpo é para o homem: o agente ou instrumento de sua ação.
Livro dos Médiuns – 2ª parte, Cap. I, Item 55.

(Minhas modestas conclusões: Como pode um Espírito Puro ser Revestido de um Perispírito com qualquer tipo de matéria, pois que já se encontra completamente desmaterializado?).

Francisco Rebouças