“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

domingo, 29 de dezembro de 2013

Acendamos nossa luz...

Quando a TREVA tentar surgir em nossos caminhos, buscando nos desviar do roteiro que traçamos em busca da paz e da dignidade, lembremos de ascender a luz contida nas lições do Evangelho de Jesus, e aclarando nossos pensamentos e enobrecendo nossos sentimentos, sigamos decididamente confiantes e otimistas, mantendo as bênçãos do amor e a fé em Deus para vencermos o mal e conquistarmos a harmonia que só o Bem realizado pode proporcionar aos nossos corações.

Francisco Rebouças

Não precisa acusar...

Perante Deus, não será necessário acusar o delinquente que te perturba a paz, nem criticar os desequilibrados que desrespeitosos, e insensatos, causam dor e sofrimento os seus semelhantes, pois, já trazem em seu íntimo, as marcas da tristeza e da infelicidade, e se fazem carentes de perdão porquanto mais tarde, envergarão a vestimenta pesada da angústia, no difícil processo de restaurar a tranquilidade do próprio ser, porque a consciência terá gravado nele mesmo os dolorosos registros da loucura que semeou.

Francisco Rebouças

sexta-feira, 6 de dezembro de 2013

CHEGOU O NATAL


“E outra vez lhes falou Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará em trevas, mas terá a luz da vida” – (João, 8:12).
 
Vivemos no momento, a euforia dos dias do Natal. Estamos todos mais sensíveis e acessíveis às propostas de Je­sus, que embala nossa fé na esperança em dias melhores no porvir. Não nos será lí­cito esquecer também, que Jesus deposita sua fé em cada um de nós, seus irmãos em humanidade, no sentido de que seus ensi­namentos não mais permaneça apenas na superficialidade do nosso intelecto, mas sim, que seja realmente interiorizado de maneira a nos fazer vivenciá-los em nos­sas atitudes e atos do dia a dia de relação com o nosso semelhante.
 
A prova dessa sua confiança está representada no grande sacrifício que empreendeu em nosso favor, deixando o convívio dos anjos nas moradas celestes dos Espíritos Puros para vir pessoalmente nos trazer seus ensinamentos de luz, para confirmar com essa atitude sua certeza do progresso e do crescimento moral dos homens em direção à felicidade que nos aguarda. Desde seu nascimento em ambiente simples, até o momento de sua crucificação, vemo-lo trabalhando inces­santemente na recuperação das criaturas espalhando seus exemplos de sabedoria e dedicando todo amor aos seus irmãos.
 
Confirmou sua confiança em todos nós indistintamente, quando convidou humildes pescadores para comporem seu ministério salvador e transformando-os em advogados da redenção humana; quando foi ao encontro de Madalena, possuída pelos adversários da Luz, e convertendo-a em mensageira do bem; quando chamando Zaqueu, acostumado no conforto da posse material, para fazer dele administrador consciente e justo, etc, etc. Mesmo diante das dificuldades apre­sentadas por seus discípulos, não desani­mou em nenhuma oportunidade.
 
Diante da negativa de Pedro entendeu o momento de fraqueza que lhe dominava o ser e identifica nele o apóstolo fiel que lhe defenderia o Evangelho até ao mar­tírio e a crucificação;
 
Não se aborrece com as dúvidas de Tomé e investe na sua condição de mis­sionário valoroso que lhe sustentará a causa até ao sacrifício;
 
Não se ofende ante os golpes da in­compreensão e da maldade de seu maior perseguidor Saulo de Tarso, e vai ao seu encontro às portas de Damasco, para investi-lo na posição de Arauto da cristandade, confiando sua mensagem ao valoroso defensor das Leis mosaicas.
 
Jesus continua confiando em cada um de nós, seus irmãos até os difíceis dias da atualidade, amparando-nos e redimindo-nos dia a dia, na espera paciente do nosso despertamento para a renovação que precisamos empreender, ensejando-nos inúmeras oportunidades de participar desta sua grandiosa obra de redenção da humanidade, concedendo a cada qual na medida de suas possibilidades a parte mais adequada na elaboração do concerto de Paz e Harmonia que ele prepara para nosso espírito imortal.
Ao se aproximar a data de comemo­ração do Natal, recordemos a confiança depositada pelo Mestre em cada um de nós e afeiçoemo-nos o quanto antes à sua obra de Amor e Luz, procurando ter o cui­dado de não mais desperdiçar a sublime oportunidade de atender a seu convite e começar desde já, na presente encarna­ção, nossa transformação moral em aten­dimento aos seus apelos para que sigamos seus nobres exemplos, pois, que só ELE é o Caminho a Verdade e a Vida.
 
O Mestre e Guia da humanidade nos convoca para a tarefa de implantação da Boa Nova no coração da humanidade, aguardando de todos nós o sincero desejo de trabalhar na nossa redenção e do nosso irmão em caminhada, para que mais cedo possamos ser cartas vivas do seu Evan­gelho, espalhando por onde andarmos a mensagem esclarecedora, consoladora e verdadeira que Jesus mesmo nos trans­mitiu, quando aqui conosco esteve, as­severando-nos ser “o caminho a verdade e a vida”, deixando bem claro que não chegaremos ao Pai sem sua sublime pre­sença em nossos corações.
 
Francisco Rebouças.

domingo, 13 de outubro de 2013

O doce mas, equivocado aceitar!

É muito fácil de encontrar na seara espírita, inúmeros companheiros que discordam das formas como alguns outros confrades demonstram sua contrariedade em relação às diversificadas maneiras como são executados os trabalhos mediúnicos em grande parte do movimento espírita no Brasil, por criaturas que se dizem seguidores da doutrina dos Espíritos. Não concordam com o veemente tom de reprovação, que segundo eles, são justificados por quem assim procede com a desculpa que agem em defesa da fidelidade doutrinária.
Afirmam, que na doutrina espírita, e nas mensagens de Jesus, existem diversas páginas que sugerem outros caminhos para se encontrar a melhor maneira de desfazer as divergências existentes nos procedimentos das atividades mediúnicas, com as quais se poderiam corrigir os equívocos, dizendo: “as sombras só se dissipam com a luz”, e, estabelecer polêmicas inúteis, não leva esclarecimento a ninguém, demonstra simplesmente excesso de personalismo.
Até aqui, citamos algumas de suas afirmativas, seus pensamentos, mas que em verdade não encontram abrigo em nosso modesto ponto de vista. Primeiro porque, esses “compreensivos bonzinhos”, se esquecem de citar também as inúmeras páginas e ensinamentos que se encontram na Doutrina que contrariam esse procedimento de tudo aceitar sem argumentar com fundamentos doutrinários alicerçados na Codificação e nas obras auxiliares que nos aclaram bem para a responsabilidade de não compactuar com erros a título de “ser bonzinhos”, compreensivos, superiores etc., em entendimento e moralidade, pois sabemos não ser.
Os defensores da fidelidade doutrinária, devem sim, com argumentos convincentes e, de forma educada publicarem em todos os órgãos da mídia possíveis, “não suas fantasias doutrinárias”, mas a mensagem fidedigna como os espíritos Superiores no-la passaram, pois, quem assim procede, não me parece estar fazendo uso de personalismo e sim, atendendo ao apelo dos Nobres Emissários Celestes que nos afirmam: "Melhor é repelir dez verdades do que admitir uma única falsidade, uma só teoria errônea". Livro dos Médiuns, Cap. XX - Item 230.
Só entendemos que alguém pode ser esclarecido, nessa matéria, se conhecer verdadeiramente os postulados da doutrina espírita, e, enquanto nós não nos decidirmos por deixar de ser bonzinhos, para não causar polêmicas inúteis, segundo eles, a doutrina espírita estará cada dia mais distante de sua pureza doutrinária, como se constata diariamente, pois, já se encontra em muitos casos, bastante distorcida principalmente na área da mediunidade.
Pensamos que já basta o que fizeram com o Cristianismo, que teve que ser trazido novamente ao nosso conhecimento por Jesus e seus prepostos, pois, foi totalmente desfigurado, o que é preciso não se permita acontecer com o Consolador Prometido.
Jesus, a título de bondade, jamais deixou de desfazer equívocos por onde passou, classificou de hipócrita todo aquele que usava de verniz no verbo, mas, estava impregnado de interesses escusos ou covardia nos refolhos da alma. O esclarecimento deve ser ministrado sim, de forma efetiva e imediata, pois bem sabemos que são chegados os tempos, e também porque temos para orientação os ensinos dos Espíritos Superiores que indagados sobre o assunto, assim responderam ao codificador nas questões que seguem, do Livro dos Espíritos e no Evangelho segundo o espiritismo.
798. O Espiritismo se tornará crença comum, ou ficará sendo partilhado, como crença, apenas por algumas pessoas?
“Certamente que se tornará crença geral e marcará nova era na história da humanidade, porque está na Natureza e chegou o tempo em que ocupará lugar entre os conhecimentos humanos. Terá, no entanto, que sustentar grandes lutas, mais contra o interesse, do que contra a convicção, porquanto não há como dissimular a existência de pessoas interessadas em combatê-lo, umas por amor-próprio, outras por causas inteiramente materiais. Porém, como virão a ficar insulados, seus contraditores se sentirão forçados a pensar como os demais, sob pena de se tornarem ridículos (...)”
932. Por que, no mundo, tão amiúde, a influência dos maus sobrepuja a dos bons?
“Por fraqueza destes. Os maus são intrigantes e audaciosos, os bons são tímidos. Quando estes o quiserem, preponderarão.” ¹
(...) Crede, amai, meditai sobre as coisas que vos são reveladas; não mistureis o joio com a boa semente, as utopias com as verdades."Espíritas! amai-vos, este o primeiro ensinamento; instruí-vos, este o segundo. No Cristianismo encontram-se todas as verdades; são de origem humana os erros que nele se enraizaram. Eis que do além-túmulo, que julgáveis o nada, vozes vos clamam: "Irmãos! Nada perece. Jesus-Cristo é o vencedor do mal, sede os vencedores da impiedade." O Espírito de Verdade. (Paris, 1860.) Cap. VI, item 5. ²
Temos consciência de que erros, todos nós cometemos, que não somos perfeitos para julgar quem quer que seja, mas, os equívocos doutrinários detectados, estes sim, precisam se constituir objeto de esclarecimentos, e, de preferência, de forma a servir a todos que possam ter a mesma compreensão distorcida da legítima mensagem espírita, nas exposições de caráter público, sem citar nome de ninguém é claro, mas sim, o erro verificado, pois, entendemos que a verdade representada pela mensagem pura da doutrina espírita, muito nos ajuda sim, para um perfeito entendimento de como realizar os trabalhos da mediunidade com Jesus.
Não haverá máscara de intenções, senão naquele que o fizer movido por outros sentimentos dos quais fizemos referência anteriormente, o que não é o nosso caso, graças a Deus, pois, não somos movidos senão pelo desejo sincero de ver o Espiritismo interpretado da forma mais fiel ao contido na codificação espírita, e não será esta ou aquela opinião contrária que nos fará desistir desse nosso objetivo. Preferimos errar pela ação do que errar pela omissão, simplesmente para parecermos bonzinhos o que nunca nos consideramos, nem desejamos ser.

Bibliografia:

1) Kardec Allan, O Livro dos Espíritos, FEB 76ª edição.

2) Kardec Allan, O Evangelho Segundo o Espiritismo, FEB – 112ª edição - Cap. VI, item 4.

Grifos, nossos.

Francisco Rebouças

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

NÃO TROPECEMOS

 
       “Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz des­te mundo.” — (JOÃO, CAPÍTULO 11, VERSÍCULO 9.)
 
O conteúdo da interrogativa do Mestre tem vasta significação para os discípulos da atualidade.
“Não há doze horas no dia?”
Conscientemente, cada qual deveria inquirir de si mesmo em que estará aplicando tão grande ca­bedal de tempo.
Fala-se com ênfase do problema de desempre­gados na época moderna. Entretanto, qualquer crise nesse sentido não resulta da carência de trabalho e, sim, da ausência de boa-vontade individual.
Um inquérito minucioso nesse particular revela­ria a realidade. Muita gente permanece sem atividade por revolta contra o gênero de serviço que lhe é  oferecido ou por inconformação, em face dos salários.
Sobrevém, de imediato, o desequilíbrio.
A ociosidade dos trabalhadores provoca a vigi­lância dos mordomos e as leis transitórias do mundo refletem animosidade e desconfiança.
Se os braços estacionam, as oficinas adormecem. Ocorre o mesmo nas esferas de ação espiritual. Quantos aprendizes abandonam seus postos, ale­gando angústia de tempo? quantos não se transferem para a zona da preguiça, porque aconteceu isso ou aquilo, em pleno desacordo com os princípios supe­riores que abraça?
E, por bagatelas, grande número de servidores vigorosos procuram a retaguarda cheia de sombras. Mas aquele que conserva acuidade auditiva ainda escuta com proveito a palavra do Senhor: 
       - Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia não tropeça.”
 
Livro: Pão Nosso
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Palestras e estudos ao vivo de Londres

Transmissão ao Vivo

 Programação Ao Vivo:

Domingos:
Estudo Interativo: Série Psicológica Joanna de Ângelis – 05.45pm
Estudo Interativo: O Livro dos Espíritos – 06.30pm
Palestra:  Matrimônio e  Divórcio -  Evanise M Zwirtes  - 07.15pm
Segundas Feiras: 
Estudo Interativo: O Evangelho Segundo o Espiritismo - 07.00pm
Quartas Feiras:
  Estudo Interativo: The Spirits’ Book – 05.20pm 
 
 
 
 
Francisco Rebouças

domingo, 15 de setembro de 2013

Opção pelo Evangelho


“Sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as fizerdes” – João, 13:17 
Amigos, que Jesus nos guarde em sua paz.
 
Ao perceber a responsabilidade dos espíritas, como detentores das interpretações mais avançadas dos ensinamentos de Jesus, é importante reconhecer com grande alegria e felicidade que temos no processo de reforma íntima que estamos convocados a realizar, ainda na carne, que é o veículo do qual desfrutamos justamente para isso, com os ensinos de nossa doutrina para o entendimento de que precisamos investir no Reinado do Espírito sobre a matéria, em nossas construções morais espirituais, em busca de um porvir feliz.
 
Imprescindível se faz, que mudemos de atitude diante dos novos desafios que a vida nos apresenta, enfrentando-os corajosamente mantendo nosso esforço por seguir o roteiro de luz que o espiritismo nos oferece, oportunizando-nos uma perfeita interpretação das lições divinas, propondo-nos soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e decifrando enigmas, ao clarão da fé que raciocinada sem levar em conta os perniciosos artifícios de antes.
 
Convoca-nos às eminências do trabalho com o Senhor, sem a intervenção muita vez abusiva de autoridades humanas, que, como acontece em grande parte e em variadas correntes religiosas ao invés de garantirem a escalada, na estrada do progresso do indivíduo, talvez até lhes tolhessem o direito de aprender, servir e até de decidir o rumo a segui, pois, sabemos como ninguém que o Paraíso deve ser edificado gradativamente em nós mesmos, dia após dia.
 
Somos sabedores de que muito maior é a responsabilidade que nos pesa nos ombros, porquanto nossos irmãos de correntes religiosas diferentes, em transpondo o limiar do túmulo, poderão referir-se às telas mentais a que foram escravizados no culto externo, ou alegarão com justiça o insulamento a que foram constrangidos na fidelidade à letra que mata, sem direito às interpretações diferentes pelo espírito que vivifica.
 
Temos dessa forma, possibilidades de obter conhecimentos evangélicos mais suscetíveis de plena identificação com a Verdade, nutrindo-nos, desde agora, com os frutos sazonados que a fé raciocinada nos pode apresentar da vida eterna, como a concepção real da justiça, que nos favorece mais clara visão da sabedoria Divina que rege os destinos dos seres no Universo, pois, irmãos outros, oriundos de filosofias distintas da nossa, em contato com a filosofia espírita, lastimam a impossibilidade de retroação no tempo, para reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acontece hoje ao influxo dos postulados do Consolador Prometido, o supremo consolo da fé ajustada aos fundamentos simples da vida, sem a inconveniente e nociva influência das convenções humanas.
 
Por essa razão, convocamos os trabalhadores da Seara espírita, para que juntos rejubilemo-nos com o feliz encontro com a nobre mensagem esclarecedora e consoladora da doutrina cristã que ora esposamos, participando com alegria desse valoroso e pacífico exército de almas fervorosas que, pelo exercício do trabalho no bem, da oração nascida do fundo do coração, da boa-vontade e do serviço aos semelhantes, buscarmos construir no mundo, precioso trilho de acesso à comunhão com Jesus, entendemos após o encontro com essa bendita doutrina espírita que, as oferendas que hoje podemos fazer a esse Mestre e Guia de nossas vidas, não podem ser mais aquelas que no passado lhe apresentávamos representadas pelos bens materiais sem o menos esforço em comungar-lhe as mensagens e exemplos que Ele nos trouxe e vivenciou junto a nós, e quer Mateus registrou em suas anotações no capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte: — “Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas.”
 
Compreendemos hoje, que os bens materiais têm sua importância capital em nosso presente momento de espírito encarnado em um planeta de provas e expiações, mas, que os bens do Espírito Imortal que somos, representa a verdadeira e maior preocupação que devemos ter, em virtude de sabermos que o corpo físico tem seu tempo limitado de existência em cada encarnação, enquanto o Espírito jamais perecerá, pois, está fadado à felicidade e à pureza espiritual pela eternidade.
 
Que possamos somar nossos esforços no trabalho de desenvolvimento do bem e da paz nos corações de toda a humanidade, e façamos a parte que nos cabe realizar com esmero e amor, para que o mais cedo possível, essa realidade seja sentida e vivenciada na terra por todos nós.
 
Bibliografia
1- Evangelho de João, 13:17
2- Evangelho de Mateus, 6:33. 
 
Francisco Rebouças

domingo, 8 de setembro de 2013

TENHA PACIÊNCIA, MEU FILHO!

Quando Dona Maria João de Deus desencarnou, em 29 de setembro de 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cássia, velha amiga e madrinha da criança.
Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça.
Assim é que o Chico passou a suportar, por dia, várias surras de varas de marmeleiro, recebendo, ainda, a penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastênica e perversa senhora inventara esse estranho processo de torturar.
O garoto chorava muito, permanecendo horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta e corria para o quintal, a fim de desabafar e, porque a madrinha repetia, nervosa:
— Este menino tem o diabo no corpo.
Um dia, lembrou-se a criança de que a Mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu novo lar.
Ajoelhou-se sob velhas bananeiras e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
Quando terminou, oh! maravilha!
Sua progenitora, Dona Maria João de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
Chico, que ainda não lidara com as negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a Mãezinha tivesse partido para as sombras da morte.
Abraçou-a, feliz, e gritou:
— Mamãe, não me deixe aqui... Carregue-me com a senhora...
— Não posso, — disse a entidade, triste.
— Estou apanhando muito, mamãe!
Dona Maria acariciou-o e explicou:
— Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.
— Mas, — tornou a criança — minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo.
— Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
Em seguida, desapareceu.
O pequeno, aflito, chamou-a em vão.
Desde esse dia, no entanto, passou a receber o contato de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
— Chico é tão cínico — dizia Dona Rita, exasperada, — que não chora, nem mesmo a pescoção.
Porque a criança explicava ter a alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal doméstico passou a dizer que ele era um “menino aluado”.
E, diariamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velhas árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Assim começou a luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.
 
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
 
Francisco Rebouças


sexta-feira, 23 de agosto de 2013

Argumentos de sempre


A Doutrina Espírita é sem qualquer sombra de dúvidas, a maior e mais séria adversária dos materialistas, tendo por isso mesmo adquirido ao longo dos tempos a antipatia daqueles que se alimentam das teorias do materialismo, que, dessa forma, se colocam então como inimigos ferrenhos da filosofia espírita.
É bem verdade, que muito poucos seguidores da doutrina materialista se atrevem a confessar que o são, nos deixando transparecer nitidamente a ideia de que não estão tão bem seguros nas suas convicções.

Defendem com unhas e dentes suas teorias, apelando para a lógica da razão com os argumentos de que a ciência precisa descobrir o que segundo afirmam o espiritismo não tem como comprovar, não levando em conta, que a ciência humana, apenas engatinha para solucionar os diversos enigmas com que se defronta diariamente para decifrar os obstáculos que o conhecimento da matéria impõe, não encontrando explicações convincentes para inúmeros fatos exclusivamente de domínio das leis do mundo físico, como as descobertas das vacinas contra inúmeras doenças, a cura para uma imensidade de enfermidade que continuam consideradas como incuráveis, e que afligem a humanidade em todas as partes do planeta, os preventivos tão aguardados contra a invasão dos insetos nas lavouras etc, etc...

Esses inimigos de Doutrina Espírita, “buscam concentrar seus pontos de ataque no maravilhoso e no sobrenatural, que não admitem”. Sem conhecerem a doutrina que combatem, pensam que como as religiões tradicionais estão fundamentadas nos fatos inexplicáveis tidos como milagres, não têm o cuidado de buscar os necessários esclarecimentos para saberem que a doutrina espírita nos ensina que milagres não existem.

Mesmo porque, “o Espiritismo não tem de examinar se existem ou não milagres. Se Deus pôde, em certos casos, alterar as leis eternas que regem o universo, o Espiritismo deixa, em relação a isso, toda a liberdade de crença. Diz e prova que os fenômenos em que se apoia nada têm de sobrenatural, a não ser na aparência. Esses fenômenos não parecem naturais aos olhos de certas pessoas, porque estão fora do comum e diferentes dos fatos conhecidos. Mas não são mais sobrenaturais do que todos os fenômenos dos quais a ciência nos dá hoje a solução e que pareciam maravilhosos antes, em uma outra época. Todos os fenômenos espíritas, sem exceção, são consequência de leis gerais. Revelam-nos um dos poderes da natureza, poder desconhecido, ou melhor, incompreendido até aqui, mas que a observação demonstra estar na ordem das coisas. O Espiritismo se fundamenta menos no maravilhoso e no sobrenatural do que a própria religião; aqueles que o atacam sob esse aspecto é porque não o conhecem, e ainda que fossem os homens mais sábios, nós lhes diríamos: se a ciência, que vos ensinou tanta coisa, não ensinou que o domínio da natureza é infinito, sois apenas meio sábios”.
 
A doutrina espírita é a primeira a combater o maravilhoso, o sobrenatural, nos asseverando que, o que muitos assim denominam, não passa de algo desconhecido pela ciência dos homens, e que assim que for descoberto o princípio que rege o tal fenômeno, ele deixará de pertencer ao rol das coisas inexplicáveis para ter uma explicação lógica, como os diversos “milagres” operados por Jesus, que nada mais fez que exercer o seu conhecimento sobre os fenômenos que se lhe apresentaram e resolvê-los com a simplicidade de quem sabe; nós espíritas, não deixamos de dar o devido valor ás coisas da matéria, mas não ficamos apenas nisso, pois que o espiritismo não aceita todos os fatos como sendo maravilhosos ou sobrenaturais, longe disso, demonstra a impossibilidade de grande número deles e o ridículo de certas crenças, que constituem a superstição propriamente dita.

Julgar o espiritismo pelos fatos que ele não admite é dar prova de ignorância sobre seus conceitos, é por isso que, no Livro dos Médiuns Cap. II, item 14, nº 8, O Codificador nos instrui para que não levemos em conta os argumentos de quem quer que combata a doutrina que professamos, sem apresentar as convincentes justificativas para seus argumentos conforme lá está descrito:

“O espiritismo não pode por isso considerar como crítico sério, senão aquele que o tudo tenha visto, estudado e aprofundado, com a paciência e perseverança, de um observador consciencioso; que do assunto saiba tanto quanto qualquer adepto instruído; que haja por conseguinte, haurido seus conhecimentos algures, que não nos romances da ciência; aquele a quem não se possa opor fato algum, que lhe seja desconhecido, nenhum argumento de que já não tenha cogitado e cuja refutação faça, não por mera negação, mas por meio de outros argumentos mais peremptórios; aquele, finalmente, que possa indicar, para os fatos averiguados, causa mais lógica do que a que lhes aponta o Espiritismo. Tal crítico ainda está por aparecer.  ¹

Fonte: Livro dos Médiuns, FEB – 26ª edição.


Francisco Rebouças 

segunda-feira, 19 de agosto de 2013

ALERTA


José do Patrocínio  

Servidores do Cristo, orem de sentinela!

Eis que o mundo sangrando é campo de batalha,

onde a treva infeliz se distende e trabalha

o coração sem Deus que, em sombras, se enregela.
 

Ao carro da discórdia, a maldade se atrela...

Do próprio firmamento em que o sol se agasalha

chove fogo cruel das nuvens de metralha

e o mal intensifica a indômita procela.
 

A Humanidade implora em súplicas estranhas

novos clarões de amor que removam as montanhas

contra o ódio voraz – nova Hidra de Lerna...
 

Levantemos, irmãos, as almas consumidas,

espalhando no mundo em nossas próprias vidas,

a lição de Jesus, renovadora e eterna!
 

(Soneto recebido em julho de 1948, em Pedro Leopoldo, estado de Minas Gerais).
Livro: União em Jesus
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 

Francisco Rebouças

domingo, 18 de agosto de 2013

MEUS PENSAMENTOS

 
 Consciência!

É preciso saber porque se faz, para fazer porque se sabe.
Ensinar e aprender
Ensinar é mostrar aos outros que é possível conquistar, aprender é conquistar, tornando possível a si mesmo.

A Amizade

Amizade é o sentimento que vincula as almas umas às outras, proporcionando alegria e bem-estar a todos sob as bênçãos da fraternidade.

O Ciúme


O ciúme nada mais é que a desconfiança do ciumento de que a pessoa por ele aprisionada por um sentimento egoísta e doentio que o mantém escravizado, pode encontrar a porta da liberdade através de alguém que verdadeiramente o ame e respeite.
 
Francisco Rebouças