Escrito por: Francisco Rebouças
Quase que diariamente, somos abordados por pessoas que se apresentam como representantes de Jesus Cristo na Terra, que, se identificam apenas como "cristãos", como se os outros não o fossem também, que de estratégias bastante ousadas e até desrespeitosas nos querem modificar as convicções religiosas de forma instantânea, como se não tivéssemos convicção na eficiência dos postulados espíritas que abraçamos.
Não procuram saber se somos ou não felizes com a fé que esposamos, se queremos ou não mudar de filosofia religiosa, se pretendemos deixar a fé raciocinada pela qual optamos, para seguir as convicções e interpretações de pseudo-sábios que pregam antes de tudo a discriminação, a intolerância e a divisão entre os próprios filhos de Deus, seus irmãos em humanidade.
Resta-nos, exercitar a disciplina imposta pela proposta espírita, onde o respeito, a compreensão e a caridade para com o próximo, devem ter importância capital em nossas atitudes, e, de forma bem cristã, falarmos de nossa escolha pela filosofia espírita da qual não pretendeu nos afastar, dando exemplo de tolerância e humildade mesmo que a atitude desses irmãos não tenha sido a mesma para conosco, pois, foi o que o Mestre de Nazaré nos propôs há mais de dois mil anos atrás, "vencer o mal com o bem".
Os Espíritos Superiores nos esclarecem sobre a maneira mais agradável de seguir o nosso Modelo e Guia que é Jesus, sem dar importância às formalidades e às aparências exteriores, e a doutrina Espírita são tão sublimes que não nos apresenta o Espiritismo como sendo a melhor das religiões, visto que não é a religião que salva este ou aquele indivíduo, e sim, seus atos e seus procedimentos, conforme segue:
A verdadeira religião aquela que verdadeiramente espelha os ensinos de seu Mestre é a que mais obra em conformidade com seus ensinos e exemplos e não está circunscrita a esta ou aquela filosofia, e sim, na postura e vivência de seus seguidores em consonância com os exemplos deixados por Jesus, quando resumiu as Leis e os profetas em, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, e quem ama seu próximo respeita suas convicções, seu modo de viver sua forma de seguir a Jesus. Na questão seguinte, podemos perfeitamente aquilatar a importância da filosofia que estamos seguindo.
Dessa forma, precisamos todos ter o discernimento de não entrarmos em combate ou discussões improdutivas e descabidas, contra esta ou aquela forma de se buscar a Deus, e seguirmos firmes os ensinos da doutrina espírita, "O Consolador" prometido por Jesus, entendendo que nem todos estão no mesmo patamar de compreensão para entender o que já nos é tão natural e, por isso mesmo, não nos esquecer nunca de que, a quem mais foi dado mais será cobrado.
Nas questões seguintes, temos as explicações convincentes de como devemos nos comportar diante de tantos ensinos que recebemos da espiritualidade Maior, para nosso crescimento e benefício diante da nossa necessidade de crescimento e evolução em direção à perfeição e a felicidade a que estamos destinados.
Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.
Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.
É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.
Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO, de que lhe cumpre usar para o bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.
Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para esmagá-los com seu orgulho.
É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.
Não é vingativo. O exemplo de Jesus perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como houver perdoado, assim perdoado lhe será. Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que o mesmo direito lhe seja respeitados.
Bibliografia