“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

terça-feira, 7 de novembro de 2023

Aborto? Nem por pensamento!

No grave momento que vivenciamos no dia a dia de nossa sociedade onde testemunhamos tanto desamor, e presenciamos absurdos inacreditáveis de falta de respeito, às pessoas e instituições, sem que qualquer providência seja determinada por parte de nossas autoridades legitimamente constituídas para pelo menos minimizar os prejuízos causados aos cidadãos, isso já não causa nenhuma admiração ou espanto a quem quer que seja. O que nos causa estranheza, é que em pleno século XXI, ainda se possa ouvir a escandalosa proposta de aprovação do crime pelo aborto ser defendida por significante parte dos nossos legisladores, que, em vez de se preocuparem com a elaboração de Leis que protejam e dignifiquem a vida, propõem justamente mais uma absurda e vergonhosa maneira de se facilitar o crime de morte, e dessa vez de forma legalizada, inocentando o criminoso por antecipação.  

O Código Penal Brasileiro, já trás em seu contexto as formas pelas quais o aborto pode ser praticado conforme segue.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário.

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro.

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

Assim sendo, não podemos em hipótese alguma, compactuar com os defensores da violência e do crime contra o indefeso feto, pois, não apoiamos qualquer ato de desrespeito ou violência até mesmo para com os animais, imagina contra um ser humano.

A sociedade brasileira tem se manifestado contrária a essa proposta, em todas as pesquisas realizadas em nossa pátria, por essa razão entendemos que é chegada a hora, de todos nós ao limite de nossas possibilidades nos engajarmos nesse luta tenaz para defender nossos nobres e legítimos direitos, e este é o maior de todos eles, o direito de viver, conforme nos esclareceram os Imortais da vida maior em O Livro dos Espíritos, conforme segue:  

Qual o Primeiro de todos os direitos do homem? 

O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal. 

Existe uma infinidade de ensinos trazidos pelos Imortais da Vida Maior, que nos esclarecem da necessidade de o homem buscar sua espiritualização, deixando para trás os tempos ultrapassados da barbárie, que embora não se justificasse por si mesmo, pelo menos explicava a nossa condição de animalidade, em que não ligávamos por absoluta ignorância, de cuidar das coisas do Espírito imortal, mas, que hoje em dia, esse tipo de comportamento já não mais encontra razão para existir, a não ser pelo nosso egoísmo e pela falta de respeito do homem pelas instituições e pessoas, levando-nos à insensatez de cogitar de absurdos como esse. 

A Doutrina Espírita, longe de compactuar com tamanha loucura, segue nos mostrando que as Leis de Deus, são antes de tudo, sábias, justas e irrevogáveis, e responderam de forma categórica ao codificador quando questionados a respeito do tema ABORTO: 

Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação? 

Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.  

Apesar das artimanhas utilizadas por aqueles que querem conduzir a opinião pública de maneira a lhes dar respaldo para o ato criminoso do aborto legal, contrariando as pretensões e legitimas aspirações, da sociedade brasileira, que é a conduta cristã, independente da corrente religiosa que se tenha, seja na religião católica, protestante, espírita ou outra qualquer, empenhemo-nos todos, na defesa do respeito à vida, como direito inalienável, que só Deus pode fazer cessar condição essa que não outorgou a quem quer que seja.   

O feto que se desenvolve desde a concepção no lugar mais sagrado do ser humano, o ventre materno, não é uma máquina, ou um robô qualquer, que podem ser desligados de acordo com os interesses das pessoas envolvidas na questãomas sim, um ser humano, com direito à proteção e ao amor de seus Pais, responsáveis, e da sociedade inteira. 

Bibliografia: Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos, FEB,- 76ª Edição, Perguntas n° 358 e
880.

Que o Mestre de Nazaré nos sustente em sua paz, e nos ajude nessa empreitada em prol da vida e da decência. 
 

Francisco Rebouças.

sábado, 19 de setembro de 2009

Bassuma vai ao STF contra punição do PT

Existe muito interesse dos poderosos por trás do crime do aborto! O direito à vida é garantido pelo inciso 8 do artigo 5º da Constituição Federal!

O deputado federal Luiz Bassuma -BA, (Foto ao lado), decidiu brigar dentro do próprio PT para ter o direito de seguir suas convicções filosóficas e religiosas que o fazem lutar contra o direito ao aborto. Suspenso, por ano, das atividades partidárias, pela Comissão Nacional de Ética do PT, “por quebra da ética partidária”, o parlamentar, que é espírita, disse que vai permanecer na legenda, mas recorrerá ao Supremo Tribunal Federal contra a punição.

Veja em: “Bassuma é punido por suas convicções”), o deputado disse à jornalista Patrícia França, de A TARDE, que a punição é inócua porque não abrirá mão de suas convicções. E lamentou: “Estão me punindo do direito de defender a vida”. Adiantou, ainda, que baseará sua defesa no inciso 8 do artigo 5º da Constituição Federal, onde está escrito que ninguém será punido “por sua convicção religiosa, filosófica ou política”.

A discussão que se desenvolveu a partir da decisão, é que o partido político teria o direito de punir os filiados que discordarem de suas orientações. Alguns dizem que, como o PT fechou questão a favor da descriminalização do aborto, Bassuma não poderia se posicionar publicamente contra a orientação.

Mas há quem lembre que, quando o parlamentar se filiou ao PT, a questão do aborto não fazia parte dos princípios programáticos da legenda (a resolução, proposta pelo movimento feminino da legenda, foi aprovada apenas em 2007) e, assim, não se poderia forçar o parlamentar, que é fundador do Movimento Nacional da Cidadania em Defesa da Vida - Brasil sem Aborto!, a abrir mão de suas convicções em favor de uma proposição que contraria toda sua filosofia de vida.

Luiz Bassuma já havia anunciado, no início deste ano, que não iria disputar a reeleição para a Câmara Federal, mas pretende lançar sua mulher, que também é espírita. Como será que o PT vai encarar o fato de uma mulher concorrer a uma vaga na sua bancada tendo como uma das bandeiras justamente a manutenção da proibição legal do aborto no Brasil?
Obs: Amigos, vamos prestar muita atenção nos políticos partidários da aprovação da Lei criminosa do aborto, e vamos dar nossa resposta a eles nas urnas..., não se pode mais ficar de braços cruzados assinstinto o crime campear em nossa sociedade.
Os que defendem o aborto, deveriam estar agradecidos a quem não aceitou praticar o crime de abortá-los!!!
Viva a vida!, abaixo o aborto e seus defensores!.

Francisco Rebouças. 

Aborto, sinônimo de crime!

Rio, Niterói e o Brasil, todos contra o Aborto!

Caros amigos, não descansarei, enquanto essa indecente Lei que pode legalizar o crime mais covarde que a humanidade comete contra um Ser indefeso, tão filho de Deus quanto seu próprio assassino, que se julga dono de sua vida e do próximo, seja definitivamente banida de nossos códigos de ética, e jamais aceita como lei.

Quem pratica o sexo, deve ter consciência e responsabilidade para arcar com suas conseqüências, entre outras a criação do feto que se desenvolve no útero materno, não se justificando de forma alguma que alguém possa matá-lo quando bem desejarABORTO É CRIME!, e quem o pratica deve ser responsabilizado, e punido exemplarmente para deixar de ser tão cruel e covarde!!!

Os que querem a aprovação da Lei, na esmagadora maioriavisam uma única meta que se esconde por trás da defesa dos direitos da mulher, ou outro argumento qualquer, visam dar expansão aos seus instintos animalescos, com a legalização e normalização da prostituição em larga escala, sem que sejam envolvidos ou responsabilizados por quaisquer tipos de escândalos, pois, o aborto acobertaria seus crimes e práticas condenáveis contra menores.

Quaisquer que sejam as desculpas que engendrarem, para favorecer a essa tese indecente e desumana de legalização do aborto, não passarão de simples SOFISMAS, maldosamente arquitetados, por esses lobos devoradores.

Façamos, pois, todo o esforço possível ao nosso alcance, para que essa desgraça não se torne legal em nosso País.

Abaixo o aborto, e viva a vida.

Chega de crime, cadeia para os criminosos, esse o verdadeiro clamor da sociedade brasileira!

Veja matéria que segue sobre as manifestações contrárias à prática do aborto, da nossa sociedade fluminense.

No mês do lançamento de "O Livro dos Espíritos" (18 de abril de 1857), movimento espírita do Rio de Janeiro promove eventos com temática direito à vida. Os principais encontros são: 13 de abril, segunda-feira, a Universidade Federal Fluminense (UFF) abre espaço no "Debate de hoje" para falar sobre o aborto e suas conseqüências. Entre as questões a serem respondidas estão a inviolabilidade do direito à vida, aborto mal sucedido, se o aborto é uma questão de saúde pública, gravidez decorrente de estupro ou que ameaça a vida da gestante, fetos anencéfalos, se a mulher tem direito à escolha, se o aborto é uma questão de cunho religioso. Com entrada gratuita, o encontro acontecerá no Teatro da UFF, Rua Miguel de Frias, 9 (Icaraí), telefax (21) 2629-5030. Maiores Informações: http://www.centro/deartes.uff.br. O debate terá transmissão ao vivo pela Unitevê, o canal universitário de Niterói e São Gonçalo (17 NET) ou pela Internet www.uff.br/uniteve.

No dia 16 de abril, quinta-feira, durante o 6° mês da Cultura Espírita de Niterói, o 38º Conselho Espírita de Unificação de Niterói apresenta "Espiritismo em Defesa da Vida", em sessão solene do Dia do Livro Espírita, detalhes no cartaz anexo. Em 17 de abril, sexta-feira, 19 horas: "Ato Público de instalação da Frente Parlamentar em Defesa da Vida" na Câmara de Niterói, com presença da doutora Marlene Nobre, presidente da Associação Médico Espírita (AME) do Brasil e Internacional. O ato será realizado por iniciativa do Vereador Felipe Peixoto.

Francisco Rebouças. 

Aborto? delete essa ideia!

No grave momento porque passa a sociedade, às voltas com tantos escândalos, desrespeito a tudo e a todos, em que até os “legítimos” representantes do povo dançam de contentamento, em comemoração à vitória da corrupção e da impunidade, não causa nenhuma admiração a quem quer que seja, que a proposta de aprovação do crime pelo aborto seja defendida por nossos legisladores, que, em vez de se preocuparem com a elaboração de Leis que protejam e dignifiquem a vida, propõem justamente mais uma absurda e vergonhosa maneira de se facilitar o crime de morte, e dessa vez de forma legalizada, inocentando o criminoso por antecipação.


O que diz o código Penal Brasileiro

Infanticídio
Art. 123 - Matar, sob a influência do estado puerperal, o próprio filho, durante o parto ou logo após:

Pena - detenção, de 2 (dois) a 6 (seis) anos.

Aborto provocado pela gestante ou com seu consentimento

Art. 124 - Provocar aborto em si mesma ou consentir que outrem lho provoque:

Pena - detenção, de 1 (um) a 3 (três) anos.

Aborto provocado por terceiro

Art. 125 - Provocar aborto, sem o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de 3 (três) a 10 (dez) anos.

Art. 126 - Provocar aborto com o consentimento da gestante:

Pena - reclusão, de 1 (um) a 4 (quatro) anos.

Parágrafo único - Aplica-se a pena do artigo anterior, se a gestante não é maior de 14 (quatorze) anos, ou é alienada ou débil mental, ou se o consentimento é obtido mediante fraude, grave ameaça ou violência.

Forma qualificada

Art. 127 - As penas cominadas nos dois artigos anteriores são aumentadas de um terço, se, em conseqüência do aborto ou dos meios empregados para provocá-lo, a gestante sofre lesão corporal de natureza grave; e são duplicadas, se, por qualquer dessas causas, lhe sobrevém a morte.

Art. 128 - Não se pune o aborto praticado por médico:

Aborto necessário

I - se não há outro meio de salvar a vida da gestante;

Aborto no caso de gravidez resultante de estupro

II - se a gravidez resulta de estupro e o aborto é precedido de consentimento da gestante ou, quando incapaz, de seu representante legal.

É, justamente essa parte do código penal Brasileiro que os defensores da violência e do crime contra o indefeso feto querem suprimir do código penal com o nosso aval, com o que não podemos de forma alguma compactuar, pois, não somos criminosos, nem apoiamos qualquer ato de violência ou crime contra quem quer que seja, nem mesmo contra um animal, imagina contra um ser humano.

Para se ter uma idéia do quanto a sociedade brasileira é contrária a essa absurda idéia de legalizar este crime hediondo, em pesquisa realizada pelo IBOPE em 2005, 97% do povo brasileiro se posicionou contrário à legalização do aborto. Apenas 3% das pessoas entrevistadas se declaram favoráveis à sua legalização.

É, chegada a hora, em que a sociedade como um todo precisa se mobilizar unida, para defender seus direitos legítimos, como este que é o maior de todos eles, o direito de viver, conforme nos esclareceram os Imortais da vida maior em O Livro dos Espíritos, na questão que segue:

Qual o Primeiro de todos os direitos do homem?

O de viver. Por isso é que ninguém tem o de atentar contra a vida de seu semelhante, nem de fazer o que quer que possa comprometer-lhe a existência corporal.

E, seguem, com uma infinidade de ensinos, que nos esclarecem da necessidade de o homem buscar sua espiritualização, deixando para trás os tempos ultrapassados da barbárie, que se não se justificasse por si mesmo, pelo menos explicava a nossa condição de animalidade, em que não ligávamos por absoluta ignorância, de cuidar das coisas do Espírito imortal, mas, que hoje em dia, esse tipo de comportamento já não mais encontra desculpa, a não ser por nosso egoísmo e falta de respeito às instituições e pessoas, levando-nos à insensatez de cogitar de absurdos como esses.

A Doutrina Espírita, longe de compactuar com tamanha loucura, segue nos mostrando que as Leis de Deus, são antes de tudo, sábias, justas e irrevogáveis, e responderam de forma categórica ao codificador quando questionados a respeito do tema ABORTO:

Constitui crime a provocação do aborto, em qualquer período de gestação?

Há crime sempre que transgredis a lei de Deus. Uma mãe, ou quem quer que seja, cometerá crime sempre que tirar a vida a uma criança antes do seu nascimento, por isso que impede uma alma de passar pelas provas a que serviria de instrumento o corpo que se estava formando.

Apesar das artimanhas utilizadas por aqueles que querem conduzir a opinião pública de maneira a lhes dar respaldo para o ato criminoso do aborto legal, contrariando as pretensões e legitimas aspirações, da sociedade brasileira, que é a conduta cristã, independente da corrente religiosa que se tenha, seja na religião católica, protestante, espírita ou outra qualquer, empenhemo-nos todos, na defesa do respeito à vida, como direito inalienável, que só Deus pode fazer cessar condição essa que não outorgou a quem quer que seja.

O feto que se desenvolve desde a concepção no lugar mais sagrado do ser humano, o ventre materno, não é uma máquina, ou um robô qualquer, que podem ser desligados de acordo com os interesses das pessoas envolvidas na questãomas sim, um ser humano, com direito à proteção e ao amor de seus Pais, responsáveis, e da sociedade inteira.

Bibliografia:

1) Kardec, Allan – O Livro dos Espíritos, FEB,- 76ª Edição, Perguntas n° 358 e
880.

Que o Mestre de Nazaré nos sustente em sua paz, e nos ajude nessa empreitada em prol da vida e da decência.


Francisco Rebouças.
Data inicial deste artigo: 

sexta-feira, 13 de junho de 2008

Evangélicos ex espíritas? Conta outra!

Volta e meia ouvimos em alguns dos muitos meios de comunicação, televisão, rádios, jornais, revistas etc. etc., depoimentos de pessoas que se denominam evangélicos, que dizem que já foram espíritas, e agora por entenderem a verdadeira palavra de Deus, se tornaram cristãos, e, por essa razão, estão satisfeitos por que aceitaram Jesus e estão salvos; claro que todos esses meios de comunicação a que nos referimos são de filosofia protestante.

Contam, que no período em que seguiram a filosofia espírita, sofriam muito por serem dominados pelo “Satanás”, que lhes impunham sérios e tormentosos sofrimentos tais como: depressão, desentendimentos familiares, problemas financeiros, e por aí afora, e que ao se tornarem “cristãos”, ou seja, crentes ou protestantes, deixaram os problemas para trás e vivem na abundância, em paz com a família, sem problemas de qualquer ordem.

Como se a Terra fosse um planeta onde isso pudesse se dar dessa forma como eles contam; no entanto, o que vemos, são evangélicos desempregados, doentes, carentes e muitos revoltados, vivenciando as mesmas dificuldades de qualquer outro religioso, por essa razão essa propaganda exibida nos programas dessa natureza não passam de enganosas fictícias e sem fundamento algum, o que leva grande multidão de distraídos que nelas acreditam a não crerem em mais nada depois de comprovarem que as coisas não se dão como são mostradas por falsos profetas que se encontram aos montes no mundo como o nosso.

Graças a Deus, que nós espíritas verdadeiros, ou seja, nós que seguimos a doutrina ensinada pelos Espíritos Superiores, sob a supervisão do Mestre de Nazaré, já dispomos de suficiente entendimento para conviver com esse tipo de difamação, e ao mesmo tempo, certos e convictos dos nossos ideais superiores, nos resta orar por esses nossos irmãos, que se dizendo cristãos, mas que ainda não se dispuseram a seguir os ensinos do Mestre de quem se dizem discípulos.

Nossa doutrina é tão lúcida e lógica, que não se presta ao combate de qualquer outra religião, e jamais se intitula a melhor religião, por saber que não é a religião quem salva o homem, e sim, a sua vivência cristã alicerçada nos princípios ensinados e exemplificados por Jesus, e tão bem explicados pela doutrina espírita que eles tanto combatem, por desconhecimento, interesses escusos e preconceito, sem se darem ao trabalho de verificar o absurdo que cometem de falso testemunho contra seu próximo, como consta dos 10 mandamentos recebidos por Moisés que eles dizem seguir, em detrimento até mesmo do Mestre de Nazaré.

Para reforçar o que acabo de afirmar, podemos ver em O Livro dos Espíritos, a resposta dada pelos Imortais à questão proposta por Kardec sobre o assunto conforme segue:

842. Por que indícios se poderá reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?
Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa.” ¹

É justamente por essas e por outras tantas demonstrações de dignidade, de fundamento moral e ético, que a doutrina espírita segue cada dia mais fortalecida e procurada por uma massa grandiosa de descrentes que nos buscam para lhes proporcionar esses ensinos tão claros e tão lúcidos, fazendo-os entender que só há uma Lei a ser seguida por nos, filhos de Deus, a Lei de amor e caridade.

Ex-seguidores de filosofias tidas como cristãs, mas, que em verdade pregam o preconceito e a separação entre os filhos do mesmo Pai, esses irmãos que nos chegam encontram na doutrina espírita a paz interior e a compreensão das Leis eternas e imutáveis que regem o destino da criatura a caminho de seu criador e por isso mesmo, se apaixonam não mais deixando a lógica e a diretriz que a filosofia espírita nos propõe, para seguir uma fé sega, fanática e imposta que acabaram de deixar, tornando-se verdadeiros espíritas, dedicados trabalhadores da Seara de Jesus, por entenderem o quanto tempo desperdiçaram em crenças desprovidas de lógica, onde se dá mais importância à desmoralização e a destruição moral e física dos supostos “adversários” de suas filosofias, perseguindo-os, com todo ódio, calúnia e difamação possível, do que a transformação moral que o indivíduo precisa realizar para alcançar a verdadeira felicidade e a pureza espiritual a que estamos destinados.

Em espiritismo, o lema a ser seguido é “Fora da caridade não há Salvação”, e a caridade é justamente o amor em ação, realizado pelas mãos operosas do seguidor de Jesus, no trabalho de crescimento moral espiritual que todos devemos empreender, independentemente da corrente religiosa que seguimos, ouvindo a sábia interpretação de Jesus quando resumiu todas as Leis e os profetas em simplesmente: “Amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo com a si mesmo”, e para isso, precisamos aprender a respeitar também as escolhas religiosas de todos os que não pensam como nós, pois, não somos os donos da verdade, que pertence unicamente a Deus Pai de todos nós.

Fonte

1) O Livro dos Espíritos – FEB 76ª edição.

Francisco Rebouças. 

domingo, 5 de novembro de 2023

Caridade, a grande Virtude

Toda moral ensinada por Jesus, se resume em duas simples palavras: Caridade e Humildade, isto é, nas duas maiores virtudes em que devemos concentrar todas as nossas forças em desenvolvê-las, se pretendemos erradicar de nosso espírito o egoísmo que até hoje nos mantém presos às teias da ignorância.

Em tudo que ensinou, chamou-nos a atenção apontando essas duas virtudes como sendo as que poderão nos conduzir de encontro à eterna e verdadeira felicidade. Falou-nos ele: “Bem-aventurados os pobres de espírito, isto é os simples, os humildes, porque deles é o reino dos céus; e continuou a nos ensinar; bem-aventurados os que têm puro o coração; bem-aventurados os que são brandos e pacíficos; bem-aventurados os que são misericordiosos; amai o vosso próximo como a vós mesmos; fazei aos outros o que gostaria que vos fizessem; amai os vossos inimigos; perdoai as ofensas, se quiserdes ser perdoados; praticai o bem sem ostentação; julgai-vos a vós mesmos, antes de julgardes os outros; não saiba a vossa mão esquerda o que dê a vossa mão direita”. Em todas estas passagens de seus ditos se pode tirar o ensinamento maior resumindo em caridade e humildade, eis o que não cessa de recomendar e exemplificar em todas as suas ações. Em tudo que pregou em sua passagem pelo nosso planeta, não cansou de combater o orgulho e o egoísmo que são sem dúvida as duas grandes chagas a corroer a humanidade.

O Mestre maior de todos nós não se limitou apenas a recomendar a caridade, põe-na como condição absoluta para a conquista da felicidade futura, assegurando-nos que as ações empreendidas pelos caridosos com certeza lhes assegurarão uma melhor posição no futuro quando a justiça divina nos chamar para a prestação de contas, como nos ensinou também em outra oportunidade “a cada um segundo as suas obras”.

Na Parábola do Bom Samaritano, considerado herético, mas que naquele momento pratica o amor ao próximo, Jesus coloca-o acima do ortodoxo que falta com a caridade. Não considera, portanto, a caridade apenas como uma das condições para a salvação, mas designa como condição única. Se outras houvesse que a substituíssem ele as teria ensinado. Desde que coloca a caridade em primeiro lugar, é que ela implicitamente abrange todas as outras: a humildade, a brandura, a benevolência, a indulgência, a justiça, etc., e também porque significa a negação absoluta do orgulho e do egoísmo naquele que a pratica.

O Espiritismo sendo o Cristianismo Redivivo, ou seja o cristianismo na sua pureza inicial, vem reafirmar os ensinos do seu criador com a máxima: “Fora da caridade não há salvação”, máxima essa que consagra o princípio da igualdade perante Deus, e da liberdade de consciência, deixando a todos a escolha da maneira como queiram seguir adorando o Pai Celestial, não pregando que fora do espiritismo não há salvação, pois bem sabe que o Cristo não fundou nenhuma religião, por isso mesmo respeita a liberdade de crença de todos os seus irmãos em humanidade, pois em qualquer corrente religiosa a que pertença o homem, terá aí mesmo a oportunidade de seguir os ensinamentos de Jesus.

Dediquemo-nos, portanto meus irmãos, à prática da caridade ensinada no evangelho de Jesus, pois ela nos ajudará não só a evitar a prática do mal, mas também nos impulsionará em direção ao trabalho no bem, e para a prática do bem uma só condição se faz indispensável: a nossa vontade, pois para a prática do mal basta apenas a inércia e a despreocupação, agradeçamos, pois, a Deus nosso Pai, por nos permitir encontrar em nossa estrada evolutiva a bênção de gozar da luz do Espiritismo.

Não significa achar que só os espíritas serão salvos; é que ajudando-nos a melhor compreensão dos ensinos do Cristo, ele nos faz, se seguirmos seus ensinos, melhores cristãos, confirmando por nossas ações que verdadeiros espíritas e verdadeiros cristãos são uma só e a mesma coisa, pois todos quantos praticam a caridade são discípulos de Jesus, não importando para tanto, que pertençam a esta ou àquela seita religiosa.

Francisco Rebouças

O Sono nas reuniões espíritas

Todos nós sabemos da necessidade do sono para o refazimento do nosso organismo físico. No entanto, é preciso que se atente para o fato, de que nem sempre nos é adequado fazer uso dessa bênção para nos restabelecer o equilíbrio, havendo mesmo ocasiões em que ele pode até se tornar fatal para nossas vidas.

Há momentos em que não se pode admitir que alguém possa estar dormindo como, por exemplo, na hora do trabalho remunerado, que pode lhe custar até mesmo a demissão por justa causa; ou quando estiver com a responsabilidade de cuidar de uma criança; ou ainda no trânsito ao volante de um veículo nas rodovias brasileiras, imagine um médico dormindo ou mesmo cochilando, durante uma cirurgia delicada, etc. etc. Assim, podemos afirmar que, “o sono exercido à hora em que se solicita a vigília, pode tornar-se inimigo cruel e implacável”.

Alan Kardec nos esclarece a respeito da utilidade do sono conforme segue:

À hora de dormir

“O sono tem por fim dar repouso ao corpo; o Espírito, porém, não precisa de repousar. Enquanto os sentidos físicos se acham entorpecidos, a alma se desprende, em parte, da matéria e entra no gozo das faculdades do Espírito. O sono foi dado ao homem para reparação das forças orgânicas e também para a das forças morais. Enquanto o corpo recupera os elementos que perdeu por efeito da atividade da vigília, o Espírito vai retemperar-se entre os outros Espíritos. Haure, no que vê, no que ouve e nos conselhos que lhe dão, idéias que, ao despertar, lhe surgem em estado de intuição. É a volta temporária do exilado à sua verdadeira pátria. É o prisioneiro restituído por momentos à liberdade.

Mas, como se dá com o presidiário perverso, acontece que nem sempre o Espírito aproveita dessa hora de liberdade para seu adiantamento. Se conserva instintos maus, em vez de procurar a companhia de Espíritos bons, busca a de seus iguais e vai visitar os lugares onde possa dar livre curso aos seus pendores.

Eleve, pois, aquele que se ache compenetrado desta verdade, o seu pensamento a Deus, quando sinta aproximar-se o sono, e peça o conselho dos bons Espíritos e de todos cuja memória lhe seja cara, a fim de que venham juntar-se-lhe, nos curtos instantes de liberdade que lhe são concedidos, e, ao despertar, sentir-se-á mais forte contra o mal, mais corajoso diante da adversidade.” ¹

Nas reuniões espíritas, sejam nas palestras, nos grupos de estudos, nas reuniões mediúnicas, ou outra qualquer, não se pode admitir que o trabalhador espírita dê menos importância aos labores da Seara do Mestre de Nazaré, que nos afazeres normais do seu dia a dia, visto que, em sendo ele admitido para essas tarefas na seara da mediunidade, acredita-se que esteja consciente de sua responsabilidade nas referidas atividades da casa espírita que frequenta.

Temos visto muitos companheiros, alistados nas tarefas das cassas espíritas, que são protagonistas de situações realmente desagradáveis, por se entregarem ao sono nas reuniões doutrinárias, que normalmente já chegam atrasados com a intenção única de dar passes no final das palestras, para que sejam observados por todos como tarefeiros passistas de suas instituições. Quando se vêem chamados a dar algumas explicações sobre o sono que lhes dominam, saem com as maiores e mais absurdas desculpas tais como:

1- Estou sendo utilizado pelos espíritos para ceder fluidos para ajuda ao orador;

2- Estou trabalhando em parcial desdobramento;

3- Alguns chegam a afirmar, que aprendem muito mais desdobrados que em vigília, etc.

Claro que esse desculpismo infundado e sem lógica doutrinária é natural naqueles que se julgam mais sabidos que os outros, mas, que na verdade em nada condiz com alguém que conhece os preceitos de uma doutrina clara e lógica como a nossa. Sabemos, que o cansaço físico de um dia atribulado no trabalho profissional, aliado à falta de motivação e a monotonia de determinados oradores, muito pode contribuir para a sonolência de quem já tem o mau hábito de dormir nas atividades espirituais da casa espírita.

Mas, esses fatores predisponentes aqui citados, não representam a verdadeira causa do adormecimento nesse tipo de reunião, que na sua grande maioria se processa pela interferência de mentes viciosas do mundo espiritual inferior, que operam magneticamente à distância, com a finalidade de não permitirem que o indivíduo adormecido se beneficie do tema edificante da palestra.

“Sobre o assunto, vejamos o que diz o assistente “Aulus” para André Luiz: “(...) Os expositores da boa palavra podem ser comparados a técnicos eletricistas, desligando «tomadas mentais», através dos princípios libertadores que distribuem na esfera do pensamento.

Sorriu bem-humorado e prosseguiu:

— Em razão disso, as entidades vampirizantes operam contra eles, muitas vezes envolvendo-lhes os ouvintes em fluidos entorpecentes, conduzindo esses últimos ao sono provocado, para que se lhes adie a renovação”.2

Irmã Zélia, também confirma a ação perniciosa dos desencarnados infelizes que se aproveitam da invigilância de certos tarefeiros, que imprevidentes e despreparados para os misteres da mediunidade se deixam envolver por essas influências negativas conforme narra a Otila Gonçalves:

“Alguns – prosseguiu – penalizada-, embora libertados momentaneamente das expressões obsidentes, penetram o recinto, com desrespeito e indiferença, entregando-se, durante o trabalho, ao sono reprochável, resultante da intoxicação mental de que são portadores, ou se deixam conduzir pelos pensamentos habituais, refazendo as ligações mentais e ameaçando o serviço venerando, pela possibilidade de invasão intempestiva dos seus algozes revoltados, constrangidos, na retaguarda, e que, destarte, encontram brechas no conjunto que deve ser protegido e defendido por todos.” 3

Dessa forma, é de suma importância que nos preparemos adequadamente, para exercer as atividades no labor mediúnico, em nossas casas espíritas, observando alguns ensinos ministrados pelos amigos espirituais dentre os quais destacamos:

a- Quando possível, fazer um pequeno relaxamento físico e mental, antes de se dirigir ao trabalho espiritual da casa espírita;

b- Evitar alimentação exagerada e de difícil digestão;

c- Dedicar-se com alegria e empenho às atividades espirituais, por saber que estamos representando Jesus ante o necessitado que o busca;

d- Evitar conversas negativas, como críticas, comentários sobre doenças, queixas, etc., portando-se de forma mais digna exigida para um trabalhador da Seara do Mestre de Nazaré;

e- Manter-se em sintonia elevada, orando e vibrando positivamente, contribuindo para o êxito do trabalho.

Precisamos atentar para o fato de que, somos os únicos responsáveis pelas escolhas que fazemos e não podemos ficar acusando este ou aquele indivíduo, ou este ou aquele motivo para nos desculpar dos nossos insucessos perante as tarefas de cunho espiritual a nós confiadas pela Espiritualidade Maior. Sobre esse assunto, ouçamos o que nos diz André Luiz:

“Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Repare o ritmo da própria vida, examine a receita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exatamente o que semeia”. 4

Que Jesus nos guarde em sua paz, e que não sejamos nós os responsáveis pelo fracasso das atividades de intercâmbio nas tarefas a que nos candidatamos por livre e espontânea vontade.

Fontes:

1) E.S.E. – Cap. XVIII, item 38.

2) Livro: Nos domínios da mediunidade , 23ª edição– Cap. 4, pag. 39.

3) Livro: Além da Morte , 9ª edição – Cap. XVI, pag. 239.

4) Livro: Agenda Cristã – Cap. 18.

Francisco Rebouças. 

A melhor religião!

Escrito por: Francisco Rebouças

Quase que diariamente, somos abordados por pessoas que se apresentam como representantes de Jesus Cristo na Terra, que, se identificam apenas como "cristãos", como se os outros não o fossem também, que de estratégias bastante ousadas e até desrespeitosas nos querem modificar as convicções religiosas de forma instantânea, como se não tivéssemos convicção na eficiência dos postulados espíritas que abraçamos.

Não procuram saber se somos ou não felizes com a fé que esposamos, se queremos ou não mudar de filosofia religiosa, se pretendemos deixar a fé raciocinada pela qual optamos, para seguir as convicções e interpretações de pseudo-sábios que pregam antes de tudo a discriminação, a intolerância e a divisão entre os próprios filhos de Deus, seus irmãos em humanidade.

Resta-nos, exercitar a disciplina imposta pela proposta espírita, onde o respeito, a compreensão e a caridade para com o próximo, devem ter importância capital em nossas atitudes, e, de forma bem cristã, falarmos de nossa escolha pela filosofia espírita da qual não pretendeu nos afastar, dando exemplo de tolerância e humildade mesmo que a atitude desses irmãos não tenha sido a mesma para conosco, pois, foi o que o Mestre de Nazaré nos propôs há mais de dois mil anos atrás, "vencer o mal com o bem".

Os Espíritos Superiores nos esclarecem sobre a maneira mais agradável de seguir o nosso Modelo e Guia que é Jesus, sem dar importância às formalidades e às aparências exteriores, e a doutrina Espírita são tão sublimes que não nos apresenta o Espiritismo como sendo a melhor das religiões, visto que não é a religião que salva este ou aquele indivíduo, e sim, seus atos e seus procedimentos, conforme segue:

654. Tem Deus preferência pelos que O adoram desta ou daquela maneira?
"Deus prefere os que O adoram do fundo do coração, com sinceridade, fazendo o bem e evitando o mal, aos que julgam honrá-Lo com cerimônias que os não tornam melhores para com os seus semelhantes.
"Todos os homens são irmãos e filhos de Deus. Ele atrai a Si todos os que lhe obedecem às leis, qualquer que seja a forma sob que as exprimam.
"É hipócrita aquele cuja piedade se cifra nos atos exteriores. Mau exemplo dá todo aquele cuja adoração é afetada e contradiz o seu procedimento.
"Declaro-vos que somente nos lábios e não na alma tem religião aquele que professa adorar o Cristo, mas que é orgulhoso, invejoso e cioso, duro e implacável para com outrem, ou ambicioso dos bens deste mundo. Deus, que tudo vê, dirá: o que conhece a verdade é cem vezes mais culpado do mal que faz, do que o selvagem ignorante que vive no deserto. E como tal será tratado no dia da justiça. Se um cego, ao passar, vos derriba, perdoá-lo-eis; se for um homem que enxerga perfeitamente bem, queixar-vos-eis e com razão.
"Não pergunteis, pois, se alguma forma de adoração há que mais convenha, porque equivaleria a perguntardes se mais agrada a Deus ser adorado num idioma do que noutro. Ainda uma vez vos digo: até Ele não chegam os cânticos, senão quando passam pela porta do coração."

A verdadeira religião aquela que verdadeiramente espelha os ensinos de seu Mestre é a que mais obra em conformidade com seus ensinos e exemplos e não está circunscrita a esta ou aquela filosofia, e sim, na postura e vivência de seus seguidores em consonância com os exemplos deixados por Jesus, quando resumiu as Leis e os profetas em, amar a Deus sobre todas as coisas e ao próximo como a si mesmo, e quem ama seu próximo respeita suas convicções, seu modo de viver sua forma de seguir a Jesus. Na questão seguinte, podemos perfeitamente aquilatar a importância da filosofia que estamos seguindo.

842. Por que indício se poderá reconhecer, entre todas as doutrinas que alimentam a pretensão de ser a expressão única da verdade, a que tem o direito de se apresentar como tal?
"Será aquela que mais homens de bem e menos hipócritas fizer, isto é, pela prática da lei de amor na sua maior pureza e na sua mais ampla aplicação. Esse o sinal por que reconhecereis que uma doutrina é boa, visto que toda doutrina que tiver por efeito semear a desunião e estabelecer uma linha de separação entre os filhos de Deus não pode deixar de ser falsa e perniciosa."

Dessa forma, precisamos todos ter o discernimento de não entrarmos em combate ou discussões improdutivas e descabidas, contra esta ou aquela forma de se buscar a Deus, e seguirmos firmes os ensinos da doutrina espírita, "O Consolador" prometido por Jesus, entendendo que nem todos estão no mesmo patamar de compreensão para entender o que já nos é tão natural e, por isso mesmo, não nos esquecer nunca de que, a quem mais foi dado mais será cobrado.

Nas questões seguintes, temos as explicações convincentes de como devemos nos comportar diante de tantos ensinos que recebemos da espiritualidade Maior, para nosso crescimento e benefício diante da nossa necessidade de crescimento e evolução em direção à perfeição e a felicidade a que estamos destinados.

918. Por que indício se pode reconhecer em um homem o progresso real que lhe elevará o Espírito na hierarquia espírita?
"O espírito prova a sua elevação, quando todos os atos de sua vida corporal representam a prática da lei de Deus e quando antecipadamente compreende a vida espiritual."

Verdadeiramente, homem de bem é o que pratica a lei de justiça, amor e caridade, na sua maior pureza. Se interrogar a própria consciência sobre os atos que praticou, perguntará se não transgrediu essa lei, se não fez o mal, se fez todo o bem que podia, se ninguém tem motivos para dele se queixar, enfim se fez aos outros o que desejara que lhe fizessem.

Possuído do sentimento de caridade e de amor ao próximo, faz o bem pelo bem, sem contar com qualquer retribuição, e sacrifica seus interesses à justiça.

É bondoso, humanitário e benevolente para com todos, porque vê irmãos em todos os homens, sem distinção de raças, nem de crenças.

Se Deus lhe outorgou o poder e a riqueza, considera essas coisas como UM DEPÓSITO, de que lhe cumpre usar para o bem. Delas não se envaidece, por saber que Deus, que lhas deu, também lhas pode retirar.

Se sob a sua dependência a ordem social colocou outros homens, trata-os com bondade e complacência, porque são seus iguais perante Deus. Usa da sua autoridade para lhes levantar o moral e não para esmagá-los com seu orgulho.

É indulgente para com as fraquezas alheias, porque sabe que também precisa da indulgência dos outros e se lembra destas palavras do Cristo: Atire a primeira pedra aquele que estiver sem pecado.

Não é vingativo. O exemplo de Jesus perdoa as ofensas, para só se lembrar dos benefícios, pois não ignora que, como houver perdoado, assim perdoado lhe será. Respeita, enfim, em seus semelhantes, todos os direitos que as leis da Natureza lhes concedem, como quer que o mesmo direito lhe seja respeitados.

919. Qual o meio prático mais eficaz que tem o homem de se melhorar nesta vida e de resistir à atração do mal?
"Um sábio da antiguidade já vo-lo disse: Conhece-te a ti mesmo."

 

Bibliografia

1) Kardec, Allan - O Livro dos Espíritos - FEB, 77ª edição.
2) Grifos nossos.

A casa espírita e os primeiros socorros

A casa Espírita e os primeiros socorros

Sabemos que a casa Espírita é um hospital de Almas e, por isso mesmo, precisa estar preparada para prestar os “primeiros socorros” aos que a buscarem, na procura de alívio para suas necessidades, sejam quais sejam. Inicialmente, devemos colocar em ação todos os recursos disponíveis, na instituição, para amenizar a dor física, ou seja, a sua carência material, se esse for o caso, pois ninguém que procure uma casa espírita em busca de ajuda para sua necessidade, estando com fome, frio ou com fortes dores que o estejam atormentando estará devidamente equilibrado para ouvir pregações religiosas ou mesmo ouvir falar de Jesus, dos Bons Espíritos e etc.

Sendo o Espiritismo o “Consolador” prometido por Jesus, sua primeira função é justamente consolar, isto é, fornecer o que lhe for favorável ao atendimento de sua urgente carência. Posteriormente, estando o indivíduo em melhor situação em relação ao instante de sua chegada, procurar transmitir-lhe as adequadas orientações para seu caso, pois, para que alguém absorva os esclarecimentos necessários ao seu aprendizado, é preciso esteja em sua normalidade física, isto é, que esteja saudável, equilibrado, em condições de ouvir e entender o que lhe esteja sendo transmitido.

Efetuado o atendimento de “emergência”, faz-se, imprescindível, que o tarefeiro espírita esteja devidamente preparado para saber encaminhar o irmão, agora já em melhores condições, para as outras atividades da casa, onde melhor lhe possam ser oferecidos consolo e esclarecimento, quer seja encaminhando-o ao atendimento fraterno ou às reuniões doutrinárias e, se já for o caso, aos grupos de estudo da casa, que deve ser o objetivo primordial de qualquer atendimento nas casas espíritas, para que ele se equipe de informações pertinentes ao seu estado de Ser Imortal, criado para a felicidade e para a perfeição e que só dele depende alcançar esse objetivo de todo discípulo de Jesus e, particularmente, de todos os seguidores da Doutrina Espírita.

Dessa forma, faz-se urgente que as instituições espíritas dediquem-se à formação e preparação de grupos de tarefeiros, destinados a esse mister, evitando assim, que a prática da “caridade” seja simplesmente voltada aos sofrimentos físicos, o que pode transformá-lo em eterno carente, incapaz de aproveitar as oportunidades que a vida lhe concede. E procurar alertá-lo para a responsabilidade de progredir e se aperfeiçoar, pois a verdadeira caridade tem como meta prioritária o Espírito, fadado à felicidade e à perfeição.

Precisamos observar que a caridade precisa ser exercida com sabedoria e com amor, em perfeito equilíbrio, pois, efetuada sem o concurso do amor, é como marco no deserto escaldante que aponta o caminho de saída ao viajante exausto, mas não lhe retira a sede do momento, ao passo que, efetuada sem a presença da sabedoria, poderia se transformar em água cristalina, em lugar escuro, que retira a sede do viajante, mas não lhe dá o caminho de saída.

Sobre o assunto, o benfeitor Emmanuel esclarece-nos:

“Procuremos alicerçar a fé na bondade, para que nossa fé não se converta em fanatismo, mas isso não basta. É forçoso coroar a fé e a bondade com a luz do conhecimento.”

“Todos necessitamos esperar no Infinito Amor, todavia, será justo aprender “como”; todos devemos ser bons, contudo, é indispensável saber “para quê”.

“Eis a razão pela qual se nos impõe o estudo em todos os lances da vida, porquanto, confiar realizando o melhor e auxiliar na extensão do eterno bem, realmente demanda discernir.”.¹

Que o Mestre de Nazaré nos inspire em nossas ações em prol do bem e da paz, hoje e sempre.

Francisco Rebouças 

Precisamos vivenciar Kardec em nossas instituições espíritas!

Caros amigos, é indispensável que nós seguidores da doutrina espírita, não nos deixemos levar pelo personalismo malsão, pelo egoísmo exacerbado, pelo orgulho disfarçado, e nem mesmo pela vaidade de achar que já sabemos tudo de espiritismo que não mais precisamos nos filiar a grupos de estudos nas nossas instituições.

Faz-se necessário o estudo constante da doutrina espírita, para quem verdadeiramente se diz espírita, e a casa espírita não pode deixar de dar oportunidade de estudos a todos, conclamando seus tarefeiros e freqüentadores para essa realidade.

Precisamos entender que a doutrina espírita não pode mais ser difundida de forma tão diversa daquela trazida ao nosso conhecimento pelos Imortais da vida Maior, e que para vivenciá-la de forma correta, necessário se faz conhecê-la em profundidade.

Verificamos em muitas oportunidades, nos encontros espíritas para estudo de temas pertinentes à nossa doutrina em seminários, em palestras, em eventos diversos, como a mensagem espírita é vivenciada das mais variadas formas, sem o mínimo compromisso com os fundamentos da codificação espírita.

Defendo a fidelidade doutrinária, com a simples preocupação de quem procura nos estudos das obras espíritas a forma mais adequada para servir de intérprete dos emissários Celestes nas tarefas sob nossa responsabilidade, sem a pretensão de querer com isso deixar transparecer que me considero “entendido no assunto, ou PHD em espiritismo, ou algo parecido”, mas sim, um eterno aprendiz interessado em buscar a tão sonhada reforma íntima que preciso empreender, pois bem sei, ainda me encontro muito distante do ideal que se espera de quem estuda essa abençoada doutrina.

Na área da mediunidade, é onde mais se podem comprovar os absurdos que são praticados em instituições que se dizem espíritas, mas que nada de espiritismo realizam, e sim, simplesmente de mediunismo o que convenhamos não é a mesma coisa.

Assim sendo é conveniente, relembrar as orientações, dos órgãos encarregados pela vigilância e manutenção da pureza de nossa doutrina, para que possamos proceder em conformidade com os preceitos nobres de nossa doutrina, conforme segue.

PRESERVAÇÃO DOS PRINCÍPIOS DOUTRINÁRIOS NA PRÁTICA ESPÍRITA

Mensagem do Conselho Federativo Nacional aos Espíritas

"É indispensável manter o Espiritismo, qual foi entregue pelos Mensageiros Divinos a Allan Kardec, sem compromissos políticos,sem profissionalismo religioso, sem personalismos deprimentes, sem pruridos de conquista a poderes terrestres transitórios." Bezerra de Menezes (Mensagem "Unificação", psicografia de Francisco Cândido Xavier - Reformador, agosto 2001).

Considerando que as idéias espíritas, tais como reencarnação, imortalidade, comunicação com os Espíritos e vida após a morte, têm sido alvo de interesse geral, propiciando a média a divulgação de filmes, teatro, livros e notícias de fatos ocorridos, que mostram, cada vez mais, a certeza dessas verdades que a Doutrina Espírita divulga há 150 anos;

Considerando que essa promoção perfeitamente compatível com os propósitos do Movimento Espírita que há o de colocar ao alcance e a serviços de todos a mensagem consoladora e esclarecedora da Doutrina Espírita, dando sentido à vida e trazendo respostas às inquietações de muitos seres humanos com tendência ao suicídio, à violência, ao uso das drogas e à desagregação familiar;

Considerando que, com a divulgação feita pela mídia, independentemente da ação do Movimento Espírita, é natural que um número cada vez maior de pessoas procure os núcleos espíritas, interessado em aprofundar-se no conhecimento dos ensinos doutrinários e em receber a assistência, o esclarecimento e a orientação de que necessita, bem como preparar-se para o trabalho voluntário, na assistência e to aos que necessitam de amparo espiritual e em outras atividades;

Considerando que esta circunstância oferece ao trabalhador espírita a oportunidade de intensificar o desenvolvimento de suas tarefas voltadas ao estudo, à difusão e à prática do Espiritismo, consciente de que a convicção do ser humano quanto à sua condição de Espírito imortal é fundamental para ajudá-lo a atravessar esta fase de transição em que nos encontramos, quando se prepara a Humanidade para ascender à condição de mundo de regeneração;

Considerando que o Centro Espírita continua a ser o núcleo básico da difusão espírita, propiciando espaço para todas as atividades de atendimento e de estudo aos interessados em receber os benefícios da Doutrina Espírita, tal como foi revelada pelos Espíritos Superiores a Allan Kardec e nas obras que, seguindo suas diretrizes, lhe são complementares e subsidiárias, O Conselho Federativo Nacional, em sua reunião de 10 a 12 de novembro de 2006, recomenda:

a.. 1 - que os dirigentes e trabalhadores espíritas intensifiquem os seus esforços no sentido de colocar a Doutrina Espírita ao alcance e a serviços de todos os homens, divulgando os seus ensinos com o propósito de esclarecer fraternalmente, sem impor e sem pretender converter a quem quer que seja;
b.. 2 - que procuremos aprimorar, ampliar e multiplicar os núcleos espíritas, utilizando toda a sua potencialidade no atendimento às necessidades de assistência, de conhecimento, de estudo e de orientação que os seres humanos apresentam;

c.. 3 - que no desenvolvimento da tarefa de estudo, difusão e prática da Doutrina Espírita:

a.. 3.1 - estudemos constantemente a Doutrina Espírita, não só para o nosso próprio aprimoramento, como também, para manter o trabalho doutrinário dentro dos princípios espíritas, sem as influências nocivas de interpretações pessoais distorcidas;

b.. 3.2 - trabalhemos juntos e unamos os nossos esforços, impondo silêncio aos nossos ciúmes e à s nossas discórdias, para não prejudicar e nem retardar a execução do trabalho, em qualquer área de atividade em que nos encontremos;

c.. 3.3 - mantenhamos o Espiritismo com a pureza doutrinária própria do Cristianismo nascente, sem incorporar à sua prática qualquer forma de ritual, de sacramento ou de idolatria, incompatível com os seus princípios. É lícito, justo e conveniente orarmos em benefício de alguém que nasce, de um casal que assume compromissos matrimoniais ou de alguém que retorna à vida espiritual. Não é lícito, todavia, sacramentarmos esses gestos, chamando-os de "batizado espírita", "casamento espírita" ou "funeral espírita", mesmo quando se apresentam sob aparente legalidade. As instituições que se classificam como espíritas, têm o dever decorrente de pautar a sua prática dentro dos princípios contidos nas obras básicas de Allan Kardec, que constituem a Codificação Espírita, e tem o direito constitucional de preservar a sua autonomia e liberdade de ação na execução desses princípios. O Espiritismo não tem sacerdotes e nas atividades verdadeiramente espíritas a ninguém é dado o direito de consagrar atos ou fazer concessões, seja em nome de Deus, de Jesus, dos Espíritos Superiores ou da própria Doutrina Espírita;

d.. 3.4 - colaboremos com os órgãos públicos e com a sociedade em geral, em todas as suas ações marcadas pelos propósitos de solidariedade e de fraternidade, visando a assistência e a promoção material, social e espiritual do ser humano, preservando e praticando, todavia, a integridade dos princípios e objetivos doutrinários espíritas que caracterizam a instituição;

e.. 3.5 - relacionemo-nos com os representantes e seguidores de todos os segmentos religiosos, procurando construir a base de um convívio salutar, marcado pelo respeito recíproco e pela fraternidade, base fundamental para a construção de uma sociedade em que a multiplicidade de convicções sociais, filosóficas ou religiosas não seja impedimento para a coexistência fraterna.

Com isto estaremos vivenciando e preservando plenamente os princípios da Doutrina Espírita.

CFN - Brasília, 12 de novembro de 2006.

Finalizando, queremos enfatizar nossa opinião a respeito de tudo o que contém o documento acima dizendo: “É preciso vivenciar o que se estabelece, porque a Lei e as disposições estabelecidas devem abranger a todos sem exceção, e não estão isentos de cumpri-las seus próprios legisladores”.

Grifos nossos.

Francisco Rebouças.