“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

quarta-feira, 24 de setembro de 2014

ACONSELHAR

“Ao homem herege, depois de uma e outra admoestação, evita-o.” - Paulo – Tito: - 3-10. 

O ato de aconselhar tem a sua época própria, à maneira de todas as cousas.

Muitos aprendizes costumam esquecer que se encontram no mundo em serviço de retificação do pretérito e de auto iluminação, estacionando em falsos caminhos.

Insistentemente consultados, não percebem a trama sutil que lhes detém os passos e, quando não regressam à vigilância, vão olvidando inconscientemente a si mesmos.

A preguiça sempre se orgulhou de encontrar uma advogada na complacência fácil.

E conferindo-lhe posição de superioridade, nela se apoia para a dilatação de todos os erros.

A primeira deseja uma companhia para os maus caminhos; a segunda aprova, em vista da falsa situação de destaque em que foi colocada.

Daí o veneno sutil da ociosidade que sempre busca os conselhos de sua mentora, para fazer, em seguida, às ocultas, que bem entende, voltando sempre a se aconselhar novamente.

Reportando-nos ao ensinamento de Paulo, não queremos fizer que a rebeldia ou a ignorância devam ser sumariamente condenadas, quando a própria heresia, tem, por vezes, a sua tarefa.

Elas merecem uma ou outra admoestação, devem ser credoras de nossa atividade fraternal, mas passado o tempo em que nosso concurso era suscetível de lhes restaurar as estradas, não será justo dar-lhes força para a irreflexão.

Temos, igualmente, o nosso roteiro e as nossas experiências.

Estacionar com elas na falsa atitude de conselheiros seria desempenhar o papel da complacência frente à ociosidade criminosa. 

Livro: Levantar e Seguir
Chico Xavier/Emmanuel 

Francisco Rebouças