“Sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as fizerdes”
– João, 13:17
Amigos, que Jesus nos guarde em sua paz.
Ao perceber a responsabilidade
dos espíritas, como detentores das interpretações mais avançadas dos
ensinamentos de Jesus, é importante
reconhecer com grande alegria e felicidade que temos no processo de reforma
íntima que estamos convocados a realizar, ainda na carne, que é o veículo do
qual desfrutamos justamente para isso, com os ensinos de nossa doutrina para o entendimento
de que precisamos investir no Reinado do Espírito sobre a matéria, em nossas
construções morais espirituais, em busca de um porvir feliz.
Imprescindível se faz, que mudemos de atitude diante dos
novos desafios que a vida nos apresenta, enfrentando-os corajosamente mantendo
nosso esforço por seguir o roteiro de luz que o espiritismo nos oferece,
oportunizando-nos uma perfeita interpretação das lições divinas, propondo-nos
soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e
decifrando enigmas, ao clarão da fé que raciocinada sem levar em conta os
perniciosos artifícios de antes.
Convoca-nos às eminências do trabalho com o Senhor, sem a intervenção
muita vez abusiva de autoridades humanas, que, como acontece em grande parte e
em variadas correntes religiosas ao invés de garantirem a escalada, na estrada
do progresso do indivíduo, talvez até lhes tolhessem o direito de aprender,
servir e até de decidir o rumo a segui, pois, sabemos como ninguém que o
Paraíso deve ser edificado gradativamente em nós mesmos, dia após dia.
Somos sabedores de que muito maior é a responsabilidade
que nos pesa nos ombros, porquanto nossos irmãos de correntes religiosas
diferentes, em transpondo o limiar do túmulo, poderão referir-se às telas
mentais a que foram escravizados no culto externo, ou alegarão com justiça o
insulamento a que foram constrangidos na fidelidade à letra que mata, sem
direito às interpretações diferentes pelo espírito que vivifica.
Temos dessa forma, possibilidades de obter conhecimentos
evangélicos mais suscetíveis de plena identificação com a Verdade, nutrindo-nos,
desde agora, com os frutos sazonados que a fé raciocinada nos pode apresentar
da vida eterna, como a concepção real da justiça, que nos favorece mais clara
visão da sabedoria Divina que rege os destinos dos seres no Universo, pois,
irmãos outros, oriundos de filosofias distintas da nossa, em contato com a
filosofia espírita, lastimam a impossibilidade de retroação no tempo, para
reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acontece hoje
ao influxo dos postulados do Consolador Prometido, o supremo consolo da fé
ajustada aos fundamentos simples da vida, sem a inconveniente e nociva influência
das convenções humanas.
Por essa razão, convocamos os trabalhadores da Seara
espírita, para que juntos rejubilemo-nos com o feliz encontro com a nobre
mensagem esclarecedora e consoladora da doutrina cristã que ora esposamos,
participando com alegria desse valoroso e pacífico exército de almas fervorosas
que, pelo exercício do trabalho no bem, da oração nascida do fundo do coração, da
boa-vontade e do serviço aos semelhantes, buscarmos construir no mundo,
precioso trilho de acesso à comunhão com Jesus, entendemos após o encontro com
essa bendita doutrina espírita que, as oferendas que hoje podemos fazer a esse
Mestre e Guia de nossas vidas, não podem ser mais aquelas que no passado lhe
apresentávamos representadas pelos bens materiais sem o menos esforço em
comungar-lhe as mensagens e exemplos que Ele
nos trouxe e vivenciou junto a nós, e quer Mateus registrou em suas anotações no
capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte: — “Buscai,
acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão
acrescentadas.”
Compreendemos hoje, que os bens materiais têm sua
importância capital em nosso presente momento de espírito encarnado em um
planeta de provas e expiações, mas, que os bens do Espírito Imortal que somos,
representa a verdadeira e maior preocupação que devemos ter, em virtude de
sabermos que o corpo físico tem seu tempo limitado de existência em cada
encarnação, enquanto o Espírito jamais perecerá, pois, está fadado à felicidade
e à pureza espiritual pela eternidade.
Que possamos somar nossos esforços no trabalho de
desenvolvimento do bem e da paz nos corações de toda a humanidade, e façamos a
parte que nos cabe realizar com esmero e amor, para que o mais cedo possível, essa
realidade seja sentida e vivenciada na terra por todos nós.
Bibliografia
1- Evangelho
de João, 13:17
2- Evangelho
de Mateus, 6:33.
Francisco Rebouças