“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

quarta-feira, 30 de março de 2011

Palavras de Josepha!

Ajuda dos amigos
Nossos verdadeiros amigos procuram nos ajudar de todas as maneiras possíveis, mas, não podem realizar por nós o que nos está destinado fazer como obra de nossa responsabilidade individual, e, que nos foi planejado com sabedoria e equilíbrio pelos emissários Divinos, que nos ofertam em nome de Deus, como sublimes oportunidades de aperfeiçoamento e progresso.

As orientações que recebemos de nossos amigos e familiares, muito poderão nos ser úteis na construção da nossa felicidade, mas, não nos será permitido seguir tudo o que eles nos dizem, pois, cabe a nós próprios separar o que nos parece ser mais favorável aos nossos objetivos como legítimos responsáveis por nossas tarefas em família e na sociedade, como membros ativos que somos de ambas.

Ninguém tem a solução preparada para os nossos problemas, cada qual possui em si mesmo as suas próprias soluções, que não está fora, e sim, no interior de cada criatura.

Precisamos meditar sobre cada situação que nos acontece, para ouvir a voz interna de nossa consciência que é a voz de Deus em cada filho seu, e que não nos deixa errar quando sabemos ouvi-la com redobrado cuidado, chamando-nos a atenção para a melhor escolha para o asunto que nos causa preocupação, deixando-nos o inteiro direito de escolher este ou aquele caminho.

Cada qual de nós, terá que prestar contas de suas próprias construções, e ninguém pode ser responsabilizado por nossos atos, porque, por mais que nos tenha influenciado, ainda assim, a escolha final foi nossa.

Devemos assim, proceder desde já com equilíbrio e inteligência o processo de ouvir dos outros, o que eles acham melhor para nós e nossas vidas, mas, não esqueçamos de que a responsabilidade da ação boa ou má que realizarmos será creditada ou debitada em nossa conta individual, perante o tribunal de justiça de nossa própria consciência.

Josepha
Por: Francisco Rebouças

Estudando o Espiritismo - E.S.E.

A verdadeira propriedade

O homem só possui em plena propriedade aquilo que lhe é dado levar deste mundo. Do que encontra ao chegar e deixa ao partir goza ele enquanto aqui permanece. Forçado, porém, que é a abandonar tudo isso, não tem das suas riquezas a posse real, mas, simplesmente, o usufruto. Que é então o que ele possui? Nada do que é de uso do corpo; tudo o que é de uso da alma: a inteligência, os conhecimentos, as qualidades morais. Isso o que ele traz e leva consigo, o que ninguém lhe pode arrebatar, o que lhe será de muito mais utilidade no outro mundo do que neste. Depende dele ser mais rico ao partir do que ao chegar, visto como, do que tiver adquirido em bem, resultará a sua posição futura. Quando alguém vai a um país distante, constitui a sua bagagem de objetos utilizáveis nesse país; não se preocupa com os que ali lhe seriam inúteis. Procedei do mesmo modo com relação à vida futura; aprovisionai-vos de tudo o de que lá vos possais servir.
Ao viajante que chega a um albergue, bom alojamento é dado, se o pode pagar. A outro, de parcos recursos, toca um menos agradável. Quanto ao que nada tenha de seu, vai dormir numa enxerga. O mesmo sucede ao homem, a sua chegada no mundo dos Espíritos: depende dos seus haveres o lugar para onde vá. Não será, todavia, com o seu ouro que ele o pagará. Ninguém lhe perguntará: Quanto tinhas na Terra? Que posição ocupavas? Eras príncipe ou operário? Perguntar-lhe-ão: Que trazes contigo? Não se lhe avaliarão os bens, nem os títulos, mas a soma das virtudes que possua. Ora, sob esse aspecto, pode o operário ser mais rico do que o príncipe. Em vão alegará que antes de partir da Terra pagou a peso de ouro a sua entrada no outro mundo. Responder-lhe-ão: Os lugares aqui não se compram: conquistam-se por meio da prática do bem. Com a moeda terrestre, hás podido comprar campos, casas, palácios; aqui, tudo se paga com as qualidades da alma. És rico dessas qualidades? Sê bem-vindo e vai para um dos lugares da primeira categoria, onde te esperam todas as venturas. És pobre delas? Vai para um dos da última, onde serás tratado de acordo com os teus haveres. — Pascal. (Genebra, 1860.)

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVI, item 9.


Francisco Rebouças

sexta-feira, 25 de março de 2011

Estudando o Espiritismo - E.S.E.

Caracteres da perfeição

Amai os vossos inimigos; fazei o bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos perseguem e caluniam. — Porque, se somente amardes os que vos amam que recompensa tereis disso? Não fazem assim também os publicanos? — Se unicamente saudardes os vossos irmãos, que fazeis com isso mais do que outros? Não fazem o mesmo os pagãos? — Sede, pois, vós outros, perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial. (S. MATEUS, cap. V, vv. 44, 46 a 48.)
Pois que Deus possui a perfeição infinita em todas as coisas, esta proposição: “Sede perfeitos, como perfeito é o vosso Pai celestial”, tomada ao pé da letra, pressuporia a possibilidade de atingir-se a perfeição absoluta. Se à criatura fosse dado ser tão perfeita quanto o Criador, tornar-se-ia ela igual a este, o que é inadmissível. Mas, os homens a quem Jesus falava não compreenderiam essa nuança, pelo que ele se limitou a lhes apresentar um modelo e a dizer-lhes que se esforçassem pelo alcançar.
Aquelas palavras, portanto, devem entender-se no sentido da perfeição relativa, a de que a Humanidade é suscetível e que mais a aproxima da Divindade. Em que consiste essa perfeição? Jesus o diz: “Em amarmos os nossos inimigos, em fazermos o bem aos que nos odeiam, em orarmos pelos que nos perseguem.” Mostra ele desse modo que a essência da perfeição é a caridade na sua mais ampla acepção, porque implica a prática de todas as outras virtudes.
Com efeito, se se observam os resultados de todos os vícios e, mesmo, dos simples defeitos, reconhecer-se-á nenhum haver que não altere mais ou menos o sentimento da caridade, porque todos têm seu princípio no egoísmo e no orgulho, que lhes são a negação; e isso porque tudo o que sobreexcita o sentimento da personalidade destrói, ou, pelo menos, enfraquece os elementos da verdadeira caridade, que são: a benevolência, a indulgência, a abnegação e o devotamento. Não podendo o amor do próximo, levado até ao amor dos inimigos, aliar-se a nenhum defeito contrário à caridade, aquele amor é sempre, portanto, indício de maior ou menor superioridade moral, donde decorre que o grau da perfeição está na razão direta da sua extensão. Foi por isso que Jesus, depois de haver dado a seus discípulos as regras da caridade, no que tem de mais sublime, lhes disse: “Sede perfeitos, como perfeito é vosso Pai celestial.”

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. XVII, itens 1 e 2.

Francisco Rebouças

quarta-feira, 23 de março de 2011

Palavras de Josepha!

 
Estuda sempre
Quando o Espírito de Verdade nos deu como ensinamentos, Espíritas amai-vos, e espíritas instruí-vos, constantes do Evangelho segundo o Espiritismo, Cap. IV, item 5, estava nos propondo envidar todos os esforços no sentido de desenvolvermos o gosto pelo estudo.

Buscava nos incentivar a desenvolver a inteligência, no sentido de melhor podermos compreender os objetivos de nossa estada neste planeta que nos abriga nos concedendo oportunidades de crescimento e progresso, atreves da nossa reforma moral ajudando-nos a nortear nossos caminhos em direção ao bem e ao belo, utilizando-nos da instrução para aprimorar cada vez mais nossas atitudes no uso correto do discernimento que regula as nossas decisões, para que sejam elas em sua maioria positiva, benéfica, proveitosa, ao nosso progresso na construção de um futuro de paz e felicidade.

Com o estudo, o desenvolvimento intelectual do ser humano, se fará mais rapidamente, e ele melhor entenderá a verdadeira fórmula de resolver a carência de felicidade que tanto o incomoda, trabalhando pelo seu crescimento e ajudando no crescimento do seu semelhante, compreenderá que não haverá paz duradoura se seu próximo estiver em guerra interior, pois, essa guerra o afetará mais cedo ou mais tarde.

É, através do estudo, que ele aprenderá que, só o amor é bastante capaz de produzir o progresso, elevando o ser humano através do respeito aos direitos dos outros, entendendo também que a Justiça Divina é a mesma para ricos e pobres, brancos e negros, homens ou mulheres.

Neste estágio, então terá bastante compreensão para colocar em prática tudo que aprendeu, com a finalidade única, de promover o crescimento da humanidade inteira, fazendo a parte que lhe compete realizar, e ajudando a tantos quanto lhe seja possível, na implantação do reinado do amor na terra o mais breve quanto possível seja.

Josepha
Por: Francisco Rebouças

domingo, 20 de março de 2011

O OURO INTRANSFERÍVEL

 
“Aconselho-te que de mmi com¬pres ouro provado no fogo, para que te enriqueças.” — (APOCALIPSE, capítulo 8, versículo 18.)

Sempre vulgares as aquisições de custo fácil.

Nada difícil ao homem comum perseguir as possibilidades financeiras aliciar interesses mesquinhos, inventar mil recursos para atingir os fins inferiores; entretanto, os que adotam semelhante norma desconhecem o caráter sagrado do mais humilde patrimônio que lhes vai às mãos, abusando da posse para sentirem-se, depois, mais empobrecidos que nunca.

A recomendação divina é suficientemente clara.

Para que um homem se enriqueça, deve adquirir o Ouro provado no fogo, fortuna essa que procede das mãos generosas do Altíssimo.

Somente essa riqueza espiritual, adquirida nas situações de trabalho árduo, de profunda compreensão, de vitória sobre si mesmo, de esforço incessante, conferirá ao Espírito a posição de ascendência legítima, de bem-estar permanente, além das transformações impostas pelo sepulcro, e apenas levará a efeito tão elevada conquista após entregar-se totalmente ao Pai para a grandeza do Divino Serviço.

O homem mobilizado pelo homem poderá, sem dúvida, receber volumosos salários. Convenhamos, porém, que esses bens se transformam sempre ou algum dia serão transferidos a outrem pelo detentor provisório. No entanto, quando o trabalhador gasta suas possibilidades nos trabalhos do bem, com esquecimento do egoísmo, desinteressado de si próprio, colocando acima dos caprichos da personalidade os objetivos da Obra de Deus, lutando, amando, sofrendo e entregando-se a Ele, adquire, indiscutivelmente, o ouro eterno e intransferível.

Livro: Caminho, Verdade e Vida
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

quinta-feira, 17 de março de 2011

Ajude sem interferir.

A cooperação é uma das coisas mais sublimes da vida, mas a interferência é uma das mais desagradáveis.

Ajude sem interferir.

Não imponha seu ponto de vista quando ajuda alguém.

A cooperação ajuda, a interferência atrapalha.

Então, coopere com todos, mas sem interferir em sua maneira especial de agir e de pensar.

Não temos o direito de interferir na vida de ninguém.

Livro: Minutos de Sabedoria - 147
Carlos Torres Pastorino
 
Francisco Rebouças

segunda-feira, 14 de março de 2011

A árvore estéril ninguém dá importância

 
Não dê ouvidos às intrigas e calúnias; só a árvore que produz frutos é que se vê apedrejada, para deixá-los cair.

 A árvore estéril ninguém dá importância.

A calúnia, muitas vezes, é uma honra para quem a recebe.

Não pare seu serviço por causa da calúnia.

Se pára de fazer o que estava fazendo, dá razão ao caluniador.

Siga à frente, e todos acabarão calando-se e no fim ainda baterão palmas ao seu trabalho.

Livro: Minutos de Sabedoria
Carlos Torres Pastorino

domingo, 13 de março de 2011

Lindos Casos de Chico Xavier

ORAÇÃO DA FILHA DE DEUS

Nelma era uma sobrinha do Chico, a qual desencarnou em Belo Horizonte, em junho de 1944.
Dias antes de partir, a doente, jovem recém-casada, de vinte anos, pediu a Emmanuel lhe desse uma oração para ir repetindo-a, de memória.
Sabia-se no fim do corpo e desejava uma oração que lhe desse forças para a grande viagem.
E a prece veio.
Pelas mãos do Chico, o orientador espiritual escreveu a seguinte rogativa:

ORAÇÃO DA FILHA DE DEUS

Meu Deus, deponho aos teus pés
Meu vestido de noivado.
Meus prazeres do passado E as rosas do meu Jardim...
Pois, agora, Pai Querido,
Somente vibra, em meu peito,
Teu Amor Santo e Perfeito,
Teu Amor puro e sem fim.
Ah! Meu Pai, guarda contigo
Meu cofre de arminho e ouro,
Onde eu guardava o tesouro
Que me deste ao coração.
Entrego-te as minhas horas,
Meus sonhos e meus castelos,
Meus anseios mais singelos,
Minhas capas de ilusão!...
Pai dos Céus, guarda a coroa
Das flores de laranjeira
Que eu tecia a vida inteira
Como pássaro a cantar!
Oh! Meu Senhor, como é doce
Partir os grilhões do mundo
E esperar-te o amor profundo
Nas bênçãos do Eterno Lar!...
Em troca, meu Pai, concede,
Agora que me levanto,
Que a lã do Cordeiro Santo
Me agasalhe o coração!
Que eu calce a sandália pobre
Para a grande caminhada,
Que me conduz à Morada
Da Paz e da Redenção!

Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama

Francisco Rebouças

sábado, 12 de março de 2011

Estudando o Espiritismo - E.S.E.

Ajuda-te a ti mesmo, que o céu te ajudará

Se Deus houvesse isentado do trabalho do corpo o homem, seus membros se teriam atrofiado; se o houvesse isentado do trabalho da inteligência, seu espírito teria permanecido na infância, no estado de instinto animal. Por isso é que lhe fez do trabalho uma necessidade e lhe disse: Procura e acharás; trabalha e produzirás. Dessa maneira serás filho das tuas obras, terás delas o mérito e serás recompensado de acordo com o que hajas feito.

Em virtude desse princípio é que os Espíritos não acorrem a poupar o homem ao trabalho das pesquisas, trazendo-lhe, já feitas e prontas a ser utilizadas, descobertas e invenções, de modo a não ter ele mais do que tomar o que lhe ponham nas mãos, sem o incômodo, sequer, de abaixar-se para apanhar, nem mesmo o de pensar. Se assim fosse, o mais preguiçoso poderia enriquecer-se e o mais ignorante tornar-se sábio à custa de nada e ambos se atribuírem o mérito do que não fizeram. Não, os Espíritos não vêm isentar o homem da lei do trabalho: vêm unicamente mostrar-lhe a meta que lhe cumpre atingir e o caminho que a ela conduz, dizendo-lhe: Anda e chegarás. Toparás com pedras; olha e afasta-as tu mesmo. Nós te daremos a força necessária, se a quiseres empregar. (O Livro dos Médiuns, 2ª Parte, cap. XXVI, nº 291 e seguintes.)

Do ponto de vista moral, essas palavras de Jesus significam: Pedi a luz que vos clareie o caminho e ela vos será dada; pedi forças para resistirdes ao mal e as tereis; pedi a assistência dos bons Espíritos e eles virão acompanhar-vos e, como o anjo de Tobias, vos guiarão; pedi bons conselhos e eles não vos serão jamais recusados; batei à nossa porta e ela se vos abrirá; mas, pedi sinceramente, com fé, confiança e fervor; apresentai-vos com humildade e não com arrogância, sem o que sereis abandonados às vossas próprias forças e as quedas que derdes serão o castigo do vosso orgulho. Tal o sentido das palavras: buscai e achareis; batei e abrir-se-vos-á.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XXV, itens 3 a 5.

Francisco Rebouças

sexta-feira, 11 de março de 2011

LEMBRANÇAS ÚTEIS

Não viva pedindo orientação espiritual, indefinidamente. Se você já possui duas se­manas de conhecimento cristão, sabe, à sa­ciedade, o que fazer.

*

Não gaste suas energias, tentando con­sertar os outros de qualquer modo. Quando consertamos a nós mesmos, reconhecemos que o mundo está administrado pela Sabedoria


Divina e que a obrigação de cooperar invariavelmente para o bem é nosso dever primordial.

*

Não acuse os Espíritos desencarnados sofredores, pelos seus fracassos na luta. Re­pare o ritmo da própria vida, examine a re­ceita e a despesa, suas ações e reações, seus modos e atitudes, seus compromissos e determinações, e reconhecerá que você tem a situação que procura e colhe exata­mente o que semeia.

*

Não recorra sistematicamente aos ami­gos espirituais, quanto a comezinhos deveres que lhe competem no caminho comum. Eles são igualmente ocupados, enfrentam proble­mas maiores que os seus, detêm responsa­bilidades mais graves e imediatas, e você, nas lutas vulgares da Terra, não teria cora­gem de pedir ao professor generoso e bene­volente que desempenhasse funções de ama-seca.

*

Não espere a morte para solucionar as questões da vida, nem alegue enfermidade ou velhice para desistir de aprender, porque estamos excessivamente distantes do Céu. A sepultura não é uma cigana, cheia de pro­messas miraculosas, e sim uma porta mais larga de acesso à nossa própria consciência.

Livro: Agenda Cristã
Chico Xavier/André Luiz

Francisco Rebouças

quinta-feira, 3 de março de 2011

A ESCOLA

Casimiro Cunha

Fita o mundo em derredor
E a vida que te bendiz;
Soma as bênçãos que te cercam,
Não te digas infeliz.

Onde estiveres, anota
Ao senso que te conduz:
O sol igual para todos
É fonte jorrando luz.

Respirando, dia e noite,
Gastando ar e mais ar,
Pelas bênçãos que assimilas
Nada precisas pagar.

Toda mata é um quadro lindo
Em tela verde e formosa;
Ninguém explica na Terra
A beleza de uma rosa.

Águas claras rolam perto,
Caminha...podes colhê-las;
Tens a noite iluminada
Por lampadários de estrelas.

Atravessas mares, montes,
Primaveras encantadas;
Desfrutas árvores, frutos,
Cidades, campos estradas...

Terra!... Eis a escola bendita,
O lar tantas vezes meu!...
Não te digas infeliz
Na escola que Deus te deu.
 
Livro: Momentos de Ouro
Chico Xavier/Espíritos Diversos
 
 Francisco Rebouças 

quarta-feira, 2 de março de 2011

MAR ALTO

       “E, quando acabou de falar, disse a Simão: Faze-te ao mar alto, e lançai as vossas redes para pescar.” — (LUCAS, CAPÍTULO 5, VERSÍCULO 4.)

Este versículo nos leva a meditar nos compa­nheiros de luta que se sentem abandonados na ex­periência humana.
Inquietante sensação de soledade lhes corta o coração.
Choram de saudade, de dor, renovando as amarguras próprias.
Acreditam que o destino lhes reservou a taça da infinita amargura.
Rememoram, compungidos, os dias da infância, da juventude, das esperanças crestadas nos conflitos do mundo.
No íntimo, experimentam, a cada instante, o vago tropel das reminiscências que lhes dilatam as impres­sões de vazio.
Entretanto, essas horas amargas pertencem a todas as criaturas mortais.
Se alguém as não viveu em determinada região do caminho, espere a sua oportunidade, porqüanto, de modo geral, quase todo Espírito se retira da carne, quando os frios sinais de inverno se multiplicam em torno.
Em surgindo, pois, a tua época de dificuldade, convence-te de que chegaram para tua alma os dias de serviço em “mar alto”, o tempo de procurar os valores justos, sem o incentivo de certas ilusões da experiência material. Se te encontras sozinho, se te sentes ao abandono, lembra-te de que, além do tú­mulo, há companheiros que te assistem e esperam carinhosamente.
O Pai nunca deixa os filhos desamparados, assim, se te vês presentemente sem laços domésticos, sem amigos certos na paisagem transitória do Planeta, é que Jesus te enviou a pleno mar da experiência, a fim de provares tuas conquistas em supremas lições.

Livro: Pão Nosso
Chico Xavier/Emmanuel

Francisco Rebouças

terça-feira, 1 de março de 2011

Estudando o Espiritismo - E.S.E.

Bem-aventurados os aflitos. Justiça das aflições

Bem-aventurados os que choram, pois que serão consolados. — Bem-aventurados os famintos e os sequiosos de justiça, pois que serão saciados. — Bem-aventurados os que sofrem perseguição pela justiça, pois que é deles o reino dos céus. (S. MATEUS, cap. V, vv. 5, 6 e 10.)

Bem-aventurados vós que sois pobres, porque vosso é o reino dos céus. — Bem-aventurados vós, que agora tendes fome, porque sereis saciados. — Ditosos sois, vós que agora chorais, porque rireis. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 20 e 21.)

Mas, ai de vós, ricos que tendes no mundo a vossa consolação. — Ai de vós que estais saciados, porque tereis fome. Ai de vós que agora rides, porque sereis constrangidos a gemer e a chorar. (S. LUCAS, cap. VI, vv. 24 e 25.)

Somente na vida futura podem efetivar-se as compensações que Jesus promete aos aflitos da Terra. Sem a certeza do futuro, estas máximas seriam um contra-senso; mais ainda: seriam um engodo. Mesmo com essa certeza, dificilmente se compreende a conveniência de sofrer para ser feliz. É, dizem, para se ter maior mérito. Mas, então, pergunta-se: por que sofrem uns mais do que outros? Por que nascem uns na miséria e outros na opulência, sem coisa alguma haverem feito que justifique essas posições? Por que uns nada conseguem, ao passo que a outros tudo parece sorrir? Todavia, o que ainda menos se compreende é que os bens e os males sejam tão desigualmente repartidos entre o vício e a virtude; e que os homens virtuosos sofram, ao lado dos maus que prosperam. A fé no futuro pode consolar e infundir paciência, mas não explica essas anomalias, que parecem desmentir a justiça de Deus. Entretanto, desde que admita a existência de Deus, ninguém o pode conceber sem o infinito das perfeições. Ele necessariamente tem todo o poder, toda a justiça, toda a bondade, sem o que não seria Deus. Se é soberanamente bom e justo, não pode agir caprichosamente, nem com parcialidade. Logo, as vicissitudes da vida derivam de uma causa e, pois que Deus é justo, justa há de ser essa causa. Isso o de que cada um deve bem compenetrar-se. Por meio dos ensinos de Jesus, Deus pôs os homens na direção dessa causa, e hoje, julgando-os suficientemente maduros para compreendê-la, lhes revela completamente a aludida causa, por meio do Espiritismo, isto é, pela palavra dos Espíritos.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap. V, itens 1 a 3.


Francisco Rebouças