“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

quarta-feira, 25 de setembro de 2013

NÃO TROPECEMOS

 
       “Jesus respondeu: Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia, não tropeça, porque vê a luz des­te mundo.” — (JOÃO, CAPÍTULO 11, VERSÍCULO 9.)
 
O conteúdo da interrogativa do Mestre tem vasta significação para os discípulos da atualidade.
“Não há doze horas no dia?”
Conscientemente, cada qual deveria inquirir de si mesmo em que estará aplicando tão grande ca­bedal de tempo.
Fala-se com ênfase do problema de desempre­gados na época moderna. Entretanto, qualquer crise nesse sentido não resulta da carência de trabalho e, sim, da ausência de boa-vontade individual.
Um inquérito minucioso nesse particular revela­ria a realidade. Muita gente permanece sem atividade por revolta contra o gênero de serviço que lhe é  oferecido ou por inconformação, em face dos salários.
Sobrevém, de imediato, o desequilíbrio.
A ociosidade dos trabalhadores provoca a vigi­lância dos mordomos e as leis transitórias do mundo refletem animosidade e desconfiança.
Se os braços estacionam, as oficinas adormecem. Ocorre o mesmo nas esferas de ação espiritual. Quantos aprendizes abandonam seus postos, ale­gando angústia de tempo? quantos não se transferem para a zona da preguiça, porque aconteceu isso ou aquilo, em pleno desacordo com os princípios supe­riores que abraça?
E, por bagatelas, grande número de servidores vigorosos procuram a retaguarda cheia de sombras. Mas aquele que conserva acuidade auditiva ainda escuta com proveito a palavra do Senhor: 
       - Não há doze horas no dia? Se alguém andar de dia não tropeça.”
 
Livro: Pão Nosso
Chico Xavier/Emmanuel
 
Francisco Rebouças

quarta-feira, 18 de setembro de 2013

Palestras e estudos ao vivo de Londres

Transmissão ao Vivo

 Programação Ao Vivo:

Domingos:
Estudo Interativo: Série Psicológica Joanna de Ângelis – 05.45pm
Estudo Interativo: O Livro dos Espíritos – 06.30pm
Palestra:  Matrimônio e  Divórcio -  Evanise M Zwirtes  - 07.15pm
Segundas Feiras: 
Estudo Interativo: O Evangelho Segundo o Espiritismo - 07.00pm
Quartas Feiras:
  Estudo Interativo: The Spirits’ Book – 05.20pm 
 
 
 
 
Francisco Rebouças

domingo, 15 de setembro de 2013

Opção pelo Evangelho


“Sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as fizerdes” – João, 13:17 
Amigos, que Jesus nos guarde em sua paz.
 
Ao perceber a responsabilidade dos espíritas, como detentores das interpretações mais avançadas dos ensinamentos de Jesus, é importante reconhecer com grande alegria e felicidade que temos no processo de reforma íntima que estamos convocados a realizar, ainda na carne, que é o veículo do qual desfrutamos justamente para isso, com os ensinos de nossa doutrina para o entendimento de que precisamos investir no Reinado do Espírito sobre a matéria, em nossas construções morais espirituais, em busca de um porvir feliz.
 
Imprescindível se faz, que mudemos de atitude diante dos novos desafios que a vida nos apresenta, enfrentando-os corajosamente mantendo nosso esforço por seguir o roteiro de luz que o espiritismo nos oferece, oportunizando-nos uma perfeita interpretação das lições divinas, propondo-nos soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e decifrando enigmas, ao clarão da fé que raciocinada sem levar em conta os perniciosos artifícios de antes.
 
Convoca-nos às eminências do trabalho com o Senhor, sem a intervenção muita vez abusiva de autoridades humanas, que, como acontece em grande parte e em variadas correntes religiosas ao invés de garantirem a escalada, na estrada do progresso do indivíduo, talvez até lhes tolhessem o direito de aprender, servir e até de decidir o rumo a segui, pois, sabemos como ninguém que o Paraíso deve ser edificado gradativamente em nós mesmos, dia após dia.
 
Somos sabedores de que muito maior é a responsabilidade que nos pesa nos ombros, porquanto nossos irmãos de correntes religiosas diferentes, em transpondo o limiar do túmulo, poderão referir-se às telas mentais a que foram escravizados no culto externo, ou alegarão com justiça o insulamento a que foram constrangidos na fidelidade à letra que mata, sem direito às interpretações diferentes pelo espírito que vivifica.
 
Temos dessa forma, possibilidades de obter conhecimentos evangélicos mais suscetíveis de plena identificação com a Verdade, nutrindo-nos, desde agora, com os frutos sazonados que a fé raciocinada nos pode apresentar da vida eterna, como a concepção real da justiça, que nos favorece mais clara visão da sabedoria Divina que rege os destinos dos seres no Universo, pois, irmãos outros, oriundos de filosofias distintas da nossa, em contato com a filosofia espírita, lastimam a impossibilidade de retroação no tempo, para reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acontece hoje ao influxo dos postulados do Consolador Prometido, o supremo consolo da fé ajustada aos fundamentos simples da vida, sem a inconveniente e nociva influência das convenções humanas.
 
Por essa razão, convocamos os trabalhadores da Seara espírita, para que juntos rejubilemo-nos com o feliz encontro com a nobre mensagem esclarecedora e consoladora da doutrina cristã que ora esposamos, participando com alegria desse valoroso e pacífico exército de almas fervorosas que, pelo exercício do trabalho no bem, da oração nascida do fundo do coração, da boa-vontade e do serviço aos semelhantes, buscarmos construir no mundo, precioso trilho de acesso à comunhão com Jesus, entendemos após o encontro com essa bendita doutrina espírita que, as oferendas que hoje podemos fazer a esse Mestre e Guia de nossas vidas, não podem ser mais aquelas que no passado lhe apresentávamos representadas pelos bens materiais sem o menos esforço em comungar-lhe as mensagens e exemplos que Ele nos trouxe e vivenciou junto a nós, e quer Mateus registrou em suas anotações no capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte: — “Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas.”
 
Compreendemos hoje, que os bens materiais têm sua importância capital em nosso presente momento de espírito encarnado em um planeta de provas e expiações, mas, que os bens do Espírito Imortal que somos, representa a verdadeira e maior preocupação que devemos ter, em virtude de sabermos que o corpo físico tem seu tempo limitado de existência em cada encarnação, enquanto o Espírito jamais perecerá, pois, está fadado à felicidade e à pureza espiritual pela eternidade.
 
Que possamos somar nossos esforços no trabalho de desenvolvimento do bem e da paz nos corações de toda a humanidade, e façamos a parte que nos cabe realizar com esmero e amor, para que o mais cedo possível, essa realidade seja sentida e vivenciada na terra por todos nós.
 
Bibliografia
1- Evangelho de João, 13:17
2- Evangelho de Mateus, 6:33. 
 
Francisco Rebouças

domingo, 8 de setembro de 2013

TENHA PACIÊNCIA, MEU FILHO!

Quando Dona Maria João de Deus desencarnou, em 29 de setembro de 1915, Chico Xavier, um de seus nove filhos, foi entregue aos cuidados de Dona Rita de Cássia, velha amiga e madrinha da criança.
Dona Rita, porém, era obsidiada e, por qualquer bagatela, se destemperava, irritadiça.
Assim é que o Chico passou a suportar, por dia, várias surras de varas de marmeleiro, recebendo, ainda, a penetração de pontas de garfos no ventre, porque a neurastênica e perversa senhora inventara esse estranho processo de torturar.
O garoto chorava muito, permanecendo horas e horas, com os garfos dependurados na carne sanguinolenta e corria para o quintal, a fim de desabafar e, porque a madrinha repetia, nervosa:
— Este menino tem o diabo no corpo.
Um dia, lembrou-se a criança de que a Mãezinha orava sempre, todos os dias, ensinando-o a elevar o pensamento a Jesus e sentiu falta da prece que não encontrava em seu novo lar.
Ajoelhou-se sob velhas bananeiras e pronunciou as palavras do Pai Nosso que aprendera dos lábios maternais.
Quando terminou, oh! maravilha!
Sua progenitora, Dona Maria João de Deus, estava perfeitamente viva ao seu lado.
Chico, que ainda não lidara com as negações e dúvidas dos homens, nem por um instante pensou que a Mãezinha tivesse partido para as sombras da morte.
Abraçou-a, feliz, e gritou:
— Mamãe, não me deixe aqui... Carregue-me com a senhora...
— Não posso, — disse a entidade, triste.
— Estou apanhando muito, mamãe!
Dona Maria acariciou-o e explicou:
— Tenha paciência, meu filho. Você precisa crescer mais forte para o trabalho. E quem não sofre não aprende a lutar.
— Mas, — tornou a criança — minha madrinha diz que eu estou com o diabo no corpo.
— Que tem isso? Não se incomode. Tudo passa e se você não mais reclamar, se você tiver paciência, Jesus ajudará para que estejamos sempre juntos.
Em seguida, desapareceu.
O pequeno, aflito, chamou-a em vão.
Desde esse dia, no entanto, passou a receber o contato de varas e garfos sem revolta e sem lágrimas.
— Chico é tão cínico — dizia Dona Rita, exasperada, — que não chora, nem mesmo a pescoção.
Porque a criança explicava ter a alegria de ver sua mãe, sempre que recebia as surras, sem chorar, o pessoal doméstico passou a dizer que ele era um “menino aluado”.
E, diariamente, à tarde, com os vergões na pele e com o sangue a correr-lhe em pequeninos filetes do ventre o pequeno seguia, de olhos enxutos e brilhantes, para o quintal, a fim de reencontrar a mãezinha querida, sob as velhas árvores, vendo-a e ouvindo-a, depois da oração.
Assim começou a luta espiritual do médium extraordinário que conhecemos.
 
Livro: Lindos Casos de Chico Xavier
Ramiro Gama
 
Francisco Rebouças