“O homem que julga infalível a sua razão está bem perto do erro. Mesmo aqueles, cujas ideias são as mais falsas, se apóiam na sua própria razão e é por isso que rejeitam tudo o que lhes parece impossível.” Fonte: O Livro dos Espíritos, introdução VII.

Espiritismo em Foco

quinta-feira, 24 de julho de 2014

HUMILDE

Alguém houve na Terra que nascido na palha não desesperou da pobreza a que o mundo lhe relegara a existência, transformando o berço apagado em poema inesquecível.
 
Assinalado por uma estrela em sua primeira hora humana, nunca se lembrou disso em meio das criaturas.
 
Com a sabedoria dos anjos, falava a linguagem dos homens, entretendo-se à beira de um lago em desconforto, com as criancinhas desamparadas.
 
Trazendo os tesouros da imortalidade no espírito, vivia sem disputar uma pedra onde repousar a cabeça e dispondo da autoridade maior escolhia servir, ao invés de mandar, levantando os doentes e amparando aos aflitos.
 
Em permanente contato com o Céu, ninguém lhe ouviu qualquer palavra em torno dessa prerrogativa e podendo deslumbrar o cérebro de seu tempo, preferia buscar o coração dos simples para esculpir na alma do povo as virtudes do amor no apoio recíproco.
 
Esquecido, não se descurava do dever de auxiliar sempre; insultado, perdoava; traído, socorria aos verdugos, soerguendo-lhes o espírito através da própria humildade.
 
Golpeado em suas esperanças mais belas, desculpava sem condições a quantos lhe feriam a alma Angélica.
Amparando sem paga, ninguém lhe escutou a mais leve queixa contra os beneficiários sem memória a lhe zurzirem a vida e o nome com as farpas da ingratidão.
 
Vendido por um dos companheiros que mais amava, recebeu-lhe, sereno, o beijo suspeitoso.
 
Encarcerado e sentenciado, à morte sem culpa, não recorreu à justiça por amor àqueles que lhe escarravam na face, deixando-se sacrificar com o silêncio da paz e o verbo do perdão.
 
E ainda mesmo depois do túmulo, ei-lo que volta à Terra estendendo as mãos aos amigos que o mal segregara na deserção, reunindo-os de novo em seus braços de luz. 
Esse alguém era humilde.
Livro: Abrigo
Chico Xavier/Emmanuel
Francisco Rebouças

sexta-feira, 11 de julho de 2014

Opção pelo evangelho

“Sabeis estas coisas, bem aventurados sois se as fizerdes” – João, 13:17
Amigos, que Jesus nos guarde em sua paz.
Ao perceber a responsabilidade dos espíritas, como detentores das interpretações mais avançadas dos ensinamentos de Jesus, é importante reconhecer com grande alegria e felicidade que temos no processo de reforma íntima que estamos convocados a realizar, ainda na carne, que é o veículo do qual desfrutamos justamente para isso, com os ensinos de nossa doutrina para o entendimento de que precisamos investir no Reinado do Espírito sobre a matéria, em nossas construções morais espirituais, em busca de um porvir feliz.
Imprescindível se faz, que mudemos de atitude diante dos novos desafios que a vida nos apresenta, enfrentando-os corajosamente mantendo nosso esforço por seguir o roteiro de luz que o espiritismo nos oferece, oportunizando-nos uma perfeita interpretação das lições divinas, propondo-nos soluções simples aos problemas complicados, satisfazendo indagações e decifrando enigmas, ao clarão da fé que raciocinada sem levar em conta os perniciosos artifícios de antes.
Convoca-nos às eminências do trabalho com o Senhor, sem a intervenção muita vez abusiva de autoridades humanas, que, como acontece em grande parte e em variadas correntes religiosas ao invés de garantirem a escalada, na estrada do progresso do indivíduo, talvez até lhes tolhessem o direito de aprender, servir e até de decidir o rumo a segui, pois, sabemos como ninguém que o Paraíso deve ser edificado gradativamente em nós mesmos, dia após dia.
Somos sabedores de que muito maior é a responsabilidade que nos pesa nos ombros, porquanto nossos irmãos de correntes religiosas diferentes, em transpondo o limiar do túmulo, poderão referir-se às telas mentais a que foram escravizados no culto externo, ou alegarão com justiça o insulamento a que foram constrangidos na fidelidade à letra que mata, sem direito às interpretações diferentes pelo espírito que vivifica.
Temos dessa forma, possibilidades de obter conhecimentos evangélicos mais suscetíveis de plena identificação com a Verdade, nutrindo-nos, desde agora, com os frutos sazonados que a fé raciocinada nos pode apresentar da vida eterna, como a concepção real da justiça, que nos favorece mais clara visão da sabedoria Divina que rege os destinos dos seres no Universo, pois, irmãos outros, oriundos de filosofias distintas da nossa, em contato com a filosofia espírita, lastimam a impossibilidade de retroação no tempo, para reestruturar a conceituação do Testamento Divino e buscar, como acontece hoje ao influxo dos postulados do Consolador Prometido, o supremo consolo da fé ajustada aos fundamentos simples da vida, sem a inconveniente e nociva influência das convenções humanas.
Por essa razão, convocamos os trabalhadores da Seara espírita, para que juntos rejubilemo-nos com o feliz encontro com a nobre mensagem esclarecedora e consoladora da doutrina cristã que ora esposamos, participando com alegria desse valoroso e pacífico exército de almas fervorosas que, pelo exercício do trabalho no bem, da oração nascida do fundo do coração, da boa-vontade e do serviço aos semelhantes, buscarmos construir no mundo, precioso trilho de acesso à comunhão com Jesus, entendemos após o encontro com essa bendita doutrina espírita que, as oferendas que hoje podemos fazer a esse Mestre e Guia de nossas vidas, não podem ser mais aquelas que no passado lhe apresentávamos representadas pelos bens materiais sem o menos esforço em comungar-lhe as mensagens e exemplos que Ele nos trouxe e vivenciou junto a nós, e quer Mateus registrou em suas anotações no capítulo 6, versículo 33, quando o Celeste Amigo nos adverte: — “Buscai, acima de tudo, o Reino de Deus e a sua justiça e todas essas coisas ser-vos-ão acrescentadas.”
Compreendemos hoje, que os bens materiais têm sua importância capital em nosso presente momento de espírito encarnado em um planeta de provas e expiações, mas, que os bens do Espírito Imortal que somos, representa a verdadeira e maior preocupação que devemos ter, em virtude de sabermos que o corpo físico tem seu tempo limitado de existência em cada encarnação, enquanto o Espírito jamais perecerá, pois, está fadado à felicidade e à pureza espiritual pela eternidade.
Que possamos somar nossos esforços no trabalho de desenvolvimento do bem e da paz nos corações de toda a humanidade, e façamos a parte que nos cabe realizar com esmero e amor, para que o mais cedo possível, essa realidade seja sentida e vivenciada na terra por todos nós. 
Bibliografia
1- Evangelho de João, 13:17
2- Evangelho de Mateus, 6:33.
 
Francisco Rebouças


sábado, 5 de julho de 2014

Mergulha a mente...


  Mergulha a mente, quanto possível, no estudo.

   O estudo liberta da ignorância e favorece a criatura com o discernimento.

   O estudo e o trabalho são as asas que facilitam a evolução do ser.

   O conhecimento é mensagem de vida.

   Não apenas nos educandários podes estudar.

   A própria vida é um livro aberto, que ensina a quem deseja aprender.
 
Livro: Vida Feliz
Divaldo Franco/Joanna de Ângelis
 
 
Francisco Rebouças